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Cotidiano

Metroviários decidem manter greve em SP

"A nossa proposta é continuar a greve", disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior

Publicado em 08/06/2014 às 17:11

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Mesmo com a decisão do TRT de considerar a greve abusiva, os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia na Capital, pela manutenção da paralisação. Esta já é a maior greve da história do metrô de São Paulo. "Tem uma Copa do Mundo, o maior evento esportivo do mundo. Estamos em um momento único. Tem também eleições no fim do ano. Os protestos do ano passado entraram na nossa mente. Não pode ficar massacrando, batendo em trabalhador. Em 2007, nós recuamos e houve demissões. Nós podemos sair da luta derrotados se recuarmos ou se continuarmos a greve. Vão tentar nos retaliar agora ou depois. "A nossa proposta é continuar a greve", disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, na assembleia, angariando o apoio da maioria.

De acordo com o Sindicato dos Metroviários, 3 mil pessoas acompanharam a sessão. Uma nova assembleia está marcada para amanhã (9), às 13 horas.

Depois de considerar greve do Metrô abusiva, em julgamento realizado na manhã deste domingo (08), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) definiu o reajuste salarial da categoria em 8,7% e estabeleceu o piso dos engenheiros em R$ 6.154,00. Além disso, caso a greve continue, além da multa já estabelecida de R$ 100 mil por dia pela vice-presidente judicial do TRT Rilma Aparecida Hemetério, foi arbitrada multa adicional de R$400 mil ao sindicato da categoria, o que totaliza R$ 500 mil por dia, em valores a serem revertidos para o Hospital do Câncer de São Paulo. 

 Mesmo com a decisão do TRT de considerar a greve abusiva, os metroviários de São Paulo decidiram, há pouco, em assembleia na Capital, pela manutenção da paralisação. Esta já é a maior greve da história do metrô de São Paulo (Foto: Rafael Arbex)

A greve foi considerada abusiva por unanimidade e não foi enquadrada como ilegal porque, de acordo com o TRT, o termo restringe-se apenas à paralisação patronal (lockout) e a dos militares. "O direito de greve não pode ser balizado em autoritarismo ou no exercício arbitrário de escolhas subjetivas. Não houve atendimento mínimo à população, gerando grande transtorno, inclusive, no âmbito da segurança pública", destacou o desembargador Rafael Pugliese, presidente da seção de Dissídios Coletivos (SDC). O julgamento concluiu pela autorização do desconto pelos dias parados, além de não assegurar a estabilidade dos grevistas.

Quanto ao reajuste salarial, o último valor proposto pelo sindicato dos metroviários foi de 12,2%, já o Metrô ofereceu 8,7%, valor que foi ficado também pelos desembargadores no julgamento de hoje. A essa e demais determinações deste julgamento cabem recurso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). O julgamento aconteceu após três tentativas de acordo e a paralisação dos metroviários é uma das mais longas da história do Metrô na cidade de São Paulo, chegando ao seu quarto dia neste domingo (08).

 

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