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O mercado imobiliário da cidade de São Paulo deve crescer a ritmo superior ao da economia do país em 2013, segundo projeções feitas pelo presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes. A previsão é que sejam retomados os lançamentos de apartamentos novos em 5%, taxa maior do que as estimativas dos analistas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas geradas no país – que oscilam entre 3,5% e 4%.
O executivo lembrou que o desempenho vinha seguindo o mesmo compasso da economia. “Em 2010, tivemos um boom de lançamentos imobiliários que foi proporcional ao desempenho da economia brasileira, que naquele ano cresceu 7,5%. Em 2011, houve pequena diminuição, também em função de o PIB ter sido um pouco menor. E agora, em 2012, foi o ano da acomodação do mercado”.
Os números do setor neste ano ainda não estão fechados mas, segundo o presidente do Secovi-SP, até novembro as vendas cresceram 9%. Os lançamentos recuaram em 20%, nível que o setor considera abaixo do ideal para uma situação confortável.
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Os valores cobrados pelos imóveis ficaram, em média, 7,5% a 8% mais altos, mas Bernardes fez questão de observar que essa correção foi proporcional à evolução inflacionária. “Não acreditamos em alteração nesse modelo”, disse.
Para ele, não existe “bolha” no mercado e os preços estão seguindo a lei da oferta e da procura, amparada pelo acesso ao crédito com prazos mais longos de pagamento e juros menores. “Não existe espaço para queda de preços ou para a subida muito além do que será o desenvolvimento da economia, este é o cenário para 2013”, explicou Bernardes.
Segundo ele, a falta de terrenos disponíveis para novos empreendimentos, bem como as dificuldades na tramitação burocrática, ajudam a encarecer os produtos e criam obstáculos para uma expansão da oferta dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida.
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No perfil da clientela prevalece a faixa etária entre 35 e 45 anos, formada por pessoas que estão comprando o seu primeiro imóvel. Muitas dessas pessoas entraram no mercado favorecidos pela melhoria econômica, que permitiu a ascensão da classe C para a B. “O aumento da renda, aliado às condições de financiamento, fez com que tivéssemos um crescimento moderado, mas acima do crescimento do PIB”.
Além desses consumidores, o setor tem sido impulsionado por aqueles que adquirem os imóveis como opção de investimento, admite o executivo. Na opinião dele, essa é uma modalidade mais segura e rentável diante do declínio das remunerações em aplicações financeiras. “Estávamos mal acostumados com a rentabilidade alta no mercado financeiro e [agora] os níveis de juros semelhantes aos do resto do mundo, [deslocaram os investimentos] para o setor produtivo”, explicou.
De acordo com as previsões divulgadas pelo Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), a construção civil brasileira deve encerrar o ano com crescimento em torno de 4%, abaixo de 2011, quando houve alta de 4,8%, mas acima das previsões para o PIB do país, que pode fechar o ano com taxa de 1%. Para 2013, o setor prevê que o ritmo se mantenha ou caia um pouco (3,5%), em sintonia com o desempenho da economia.
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Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que até outubro foram concedidos R$ 66,2 bilhões da caderneta de poupança para a construção e compra de imóveis no país.
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