No Brasil, como estamos em uma região predominantemente tropical, a diferença de duração entre o dia e a noite não é tão drástica quanto em países mais ao sul, como Argentina ou Chile / Freepik
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Nesta sexta-feira (20), às 23h42 (horário de Brasília), começa oficialmente o inverno no Hemisfério Sul. A data é marcada por um fenômeno físico e astronômico conhecido como solstício.
O solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa pela linha do equador. Nesta ocasião, o dia tem menor duração de luz solar e a noite mais longa do ano.
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Essa mudança não é algo visível a olho nu no céu, mas os efeitos são sentidos por todos: menos horas de claridade, temperaturas mais baixas e mudanças na dinâmica climática e biológica ao nosso redor.
No Brasil, como estamos em uma região predominantemente tropical, a diferença de duração entre o dia e a noite não é tão drástica quanto em países mais ao sul, como Argentina ou Chile. Ainda assim, quem vive nas regiões Sul e Sudeste pode perceber a redução na luminosidade de forma mais evidente.
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Embora sua data não seja a mesma em todos os anos, pode-se dizer que ocorre normalmente por volta do dia 21 ou 22 de dezembro no hemisfério norte e 21 ou 22 de junho no hemisfério sul.
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A explicação deste fenômeno está na inclinação de 23,5° do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita ao redor do Sol. Por conta dessa inclinação, os hemisférios recebem quantidades diferentes de luz solar ao longo do ano, o que dá origem às estações.
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Se o eixo terrestre fosse completamente perpendicular (90°), não haveria variações sazonais: o nascer e o pôr do sol aconteceriam sempre no mesmo horário e no mesmo local do horizonte, e a duração dos dias e noites seria constante ao longo do ano.
Vale lembrar que, mesmo agora no inverno, o Sol continua nascendo a leste e se pondo a oeste, mas o faz em diferentes pontos do horizonte. Durante o outono e inverno, o nascer e o pôr do sol tendem a ocorrer mais ao norte; já na primavera e verão, os pontos se deslocam para o sul.
Essa variação explica por que os dias são mais curtos nas estações frias e mais longos nas quentes. Além disso, a duração do período de luz solar também muda dependendo da posição geográfica de quem observa: quanto mais ao sul, maior a diferença.
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Existem apenas dois momentos no ano em que o dia e a noite têm praticamente a mesma duração: os equinócios, que ocorrem em março e setembro, marcando o início da primavera e do outono. Nesses dias, os raios solares incidem diretamente sobre a linha do Equador, garantindo cerca de 12 horas de luz e 12 horas de escuridão em todos os pontos da Terra.