28 de Março de 2024 • 06:01
A comerciante Nara Raquel Moura Ribeiro, moradora do Jardim Melvi, teve uma grande surpresa, na última terça-feira de manhã, em uma compra de rotina numa barraca no galpão da Feira da Concórdia, no bairro do Brás, em São Paulo: dezenas de pares de meias escolares com o nome Praia Grande.
Ela postou uma foto no Facebook cobrando explicações da Administração Municipal. Ontem, por telefone, ela disse que cada par estava sendo vendido por R$ 2,00. “Era uma quantidade muito grande de meias e tinha muita gente comprando. Eu resolvi apenas fazer uma foto e postar minha indignação”, disse a comerciante.
Nos vários posts sobre a questão, um funcionário da Secretaria de Educação do Município logo saiu em defesa da Administração, alertando que o pedido do material poderia ter sido recusado por não atender as especificações, podendo a Prefeitura não ter comprado e nem repassado o material (meias). Ele acredita que a cobrança deveria ser em cima do fornecedor.
Prefeitura
Procurada, a Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), informa que desconhecia o caso e que cobrará um posicionamento da empresa vencedora do Pregão 159/2010, realizado em 28 de dezembro 2010, para que a mesma esclareça a comercialização irregular do item em questão.
A Seduc afirma ainda que as meias estavam em posse da empresa e que, em momento algum, foram adquiridas e não repassadas para os alunos. Ressalta também que as meias, distribuídas em 2014 (último ano de aquisição do produto) para os estudantes da rede, têm os dizeres “Secretaria de Educação” escritos em azul, diferente do produto questionado.
Caso semelhante ocorreu em Itanhaém
Vale a pena lembrar que em março foi divulgado que estojos com o brasão de Itanhaém estariam sendo comercializados em Sobral (CE). Um guarda municipal revelou em rede social que comprou no comércio um estojo verde com o logotipo da Prefeitura de Itanhaém sob um adesivo do personagem infantil Ben 10.
A Prefeitura equacionou a situação alertando que não houve qualquer irregularidade na compra do material escolar. Porém, a Câmara Municipal instaurou uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar denúncia de possível infração político - administrativa e quebra de decoro parlamentar do vereador César Augusto de Souza Ferreira, o Cesinha (PSB), que teria cometido excessos ao comentar o caso na internet.
Por sua vez, Cesinha garante que nada mais fez do que fiscalizar o Executivo e que denunciou ao Ministério Público (MP).
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