Devido ao grande fluxo de mercadorias e à conexão direta com importantes portos europeus e africanos, o Porto de Santos continua sendo uma das principais rotas usadas por organizações criminosas / divulgação/receita federal
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A Receita Federal apreendeu 405 quilos de cocaína ocultos em um carregamento de 13 toneladas de colágeno bovino nesta segunda-feira (17), no Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina. A carga tinha como destino o Porto de Hamburgo, na Alemanha, um dos principais centros logísticos da Europa.
A operação, que reuniu equipes da Alfândega do Porto de Santos, da Alfândega do Aeroporto Internacional de Viracopos e da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal em São Paulo, contou com o apoio de cães farejadores que ajudaram a identificar o entorpecente durante a fiscalização.
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Segundo a Receita Federal, os cães sinalizaram positivamente para a presença da cocaína, levando as equipes ao ponto exato onde o entorpecente estava escondido. De acordo com o órgão, utilizar os animais em diferentes ambientes — como portos, aeroportos e centros alfandegários — amplia a eficiência no combate ao tráfico internacional de drogas.
Após a indicação dos cães, a carga passou por inspeção detalhada e análise de imagens de scanner, que confirmaram a contaminação do carregamento.
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A Receita explicou que o processo de seleção de contêineres suspeitos é realizado com base em critérios objetivos de gerenciamento e análise de risco, associados ao uso de tecnologias de fiscalização não invasiva, como scanners e inteligência aduaneira.
Esses mecanismos permitem manter a fluidez das operações de comércio exterior no Porto de Santos sem comprometer o combate a ilícitos.
Após a confirmação da presença da droga, a Polícia Federal foi acionada para fazer a perícia no local e iniciar a investigação. Um inquérito policial será aberto para apurar a responsabilidade pelo envio da cocaína e identificar eventuais envolvidos no esquema de tráfico internacional.
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As primeiras linhas de investigação consideram que o carregamento pode ter sido contaminado ainda na origem, antes de chegar ao terminal portuário, ou durante o processo de movimentação dentro do porto.
Devido ao grande fluxo de mercadorias e à conexão direta com importantes portos europeus e africanos, o Porto de Santos continua sendo uma das principais rotas usadas por organizações criminosas para o envio de cocaína ao exterior.
A Receita Federal reforça que operações integradas e uso de tecnologia avançada têm sido essenciais para desarticular tentativas de envio de entorpecentes por meio de cargas exportadas.
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Com mais essa apreensão de grande porte, as autoridades reafirmam o compromisso de intensificar ações de controle, inteligência e fiscalização para combater o tráfico internacional de drogas.