Cotidiano
A iniciativa, que promove a inclusão social por meio da capacitação profissional, levou os estudantes para uma imersão no ambiente da empresa
Na última quarta-feira (30), foi a vez dos jovens do Projeto Avançar participarem de mais uma edição do projeto 'Conhecendo as Profissões do Porto' / José Luiz Borges
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Com o objetivo de ajudar jovens a conhecerem os primeiros desafios do mundo do trabalho, a Marimex, responsável por grandes movimentações no Porto de Santos, recebe, há sete anos, estudantes de escolas públicas da cidade. Na última quarta-feira (30), foi a vez dos jovens do Projeto Avançar participarem de mais uma edição do projeto “Conhecendo as Profissões do Porto”.
A iniciativa, que promove a inclusão social por meio da capacitação profissional, levou os estudantes para uma imersão no ambiente da empresa, onde puderam vivenciar de perto o dia a dia de diversas carreiras ligadas ao setor portuário.
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Além da visita guiada, o evento contou com palestras, orientações sobre caminhos acadêmicos e profissionais, e momentos de troca com colaboradores da Marimex que passaram por programas semelhantes. A empresa também forneceu transporte em ônibus fretado e alimentação durante dois intervalos, garantindo o conforto dos participantes.
Uma das principais atividades do dia foi a palestra com Adriano Simões, veterinário e conhecido por atuar como uma espécie de "professor" durante o projeto. “Aqui, eles têm uma aula sobre projeto de vida. Somado à explicação sobre as profissões portuárias, também têm a oportunidade de ver uma maquete bem completa do Porto de Santos”, explicou.
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Durante sua fala, Adriano aborda temas como planejamento de carreira, responsabilidade, disciplina e estabilidade emocional. Ele utiliza exemplos reais e linguagem acessível para engajar os jovens e despertar reflexões sobre o futuro profissional e pessoal de cada um.
Para Antônio Carlos Cristiano da Fonseca, conhecido como Caio, presidente da Marimex, o projeto é motivo de orgulho. “É com bastante orgulho que a gente patrocina o que já vem sendo feito há sete anos. Esses jovens recebem diversas orientações, é uma oportunidade única”, destacou.
Caio também ressaltou os benefícios de longo prazo proporcionados pela iniciativa. “A gente dá orientação onde existe uma certa carência. Acredito que a Marimex está fazendo o seu papel, apostando em um futuro melhor, em que as crianças terão mais oportunidades e condições”, finalizou.
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Segundo registros da própria empresa, desde 2018, quase 4 mil estudantes já participaram do projeto.
Durante a visita, três colaboradores da Marimex compartilharam suas trajetórias com os jovens, mostrando que é possível construir uma carreira sólida a partir de programas como o Projeto Avançar. Entre os convidados estavam Isabelle Rocha, Gustavo Cunha e Nicolas Maitan.
Isabelle Rocha, de 17 anos, atua como aprendiz no setor de Recursos Humanos, no Departamento Pessoal da empresa, por meio do programa Settaport . “Comecei no Camps no início de 2023, fazendo o curso do Projeto Avançar. Aproveitei esse tempo para me desenvolver, porque essa é justamente a função do projeto: preparar a gente para o mercado de trabalho”, contou. Após o curso, participou do processo seletivo da Marimex e foi aprovada. Desde então, vem construindo sua experiência profissional na empresa.
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Nicolas Maitan, de 19 anos, é auxiliar administrativo no setor financeiro. Sua trajetória começou em julho de 2021, quando ingressou no Camps . Após concluir o curso em novembro do mesmo ano, começou a trabalhar na Marimex como patrulheiro. Mais tarde, em 2023, passou para o programa Settaport como aprendiz. Cerca de oito meses depois, foi efetivado, uma conquista rara no setor.
“No financeiro, poucas pessoas foram efetivadas nos últimos anos. Eu sou uma das três efetivações em nove anos”, destacou.
Segundo ele, a proatividade foi essencial para seu crescimento. “Mesmo sendo patrulheiro, eu ficava em cima do aprendiz que estava aqui, querendo aprender tudo. Chegou um ponto em que eu sabia fazer tanto minhas tarefas quanto as dele. Sempre que podia, buscava aprender mais. Acho que foi isso que fez a diferença”, afirmou.
Gustavo Cunha, de 17 anos, também compartilhou sua rotina conciliando estudos e trabalho. Atualmente aprendiz no setor de compras da Marimex, ele destacou o quanto o projeto contribuiu para seu amadurecimento.
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“No Camps , estudo temas como comunicação, empreendedorismo e direitos trabalhistas. Já na empresa, cuido da conferência de notas fiscais, valores e quantidades. É uma pressão, mas dá para lidar. O projeto me ajudou a ter mais pontualidade, dedicação e rotina, tanto profissional quanto pessoal”, explicou.