A Pakalolo se foi e deixou uma lacuna no coração de muita gente / Reprodução/Internet
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A Pakalolo foi um dos maiores fenômenos da moda jovem brasileira nos anos 1990. Com inspiração no lifestyle surf e nas cores vibrantes do Havaí, a marca dominou escolas, shoppings e o guarda-roupa de uma geração inteira. Estampas chamativas, camisetas largas, calças de cós alto e, principalmente, as mochilas coloridas fizeram da grife um símbolo de atitude e identidade juvenil.
No auge, a Pakalolo lançou de tudo: jeans, moletons, macacões, acessórios e até produtos licenciados com personagens da Disney e da Warner Bros. O crescimento foi acelerado, impulsionado por lojas espalhadas pelo país e forte apelo entre adolescentes.
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Mas a mesma velocidade que marcou a ascensão também esteve presente na queda. A marca foi impactada por crises econômicas, pelo avanço de concorrentes e, principalmente, pela dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas do mercado da moda. O público cresceu, os hábitos mudaram e a Pakalolo perdeu espaço no varejo.
Em 2005, a marca foi adquirida pelo Grupo Marisol, que tentou um reposicionamento e um relançamento no mercado. A nova fase, no entanto, não conseguiu repetir o sucesso do passado, e a Pakalolo voltou a desaparecer das grandes vitrines.
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Hoje, o nome sobrevive em um novo formato, a Pakalolo Soul, voltada à moda fitness e esportiva, com foco em tecnologia e performance. Já as peças clássicas dos anos 90 se tornaram itens disputados em brechós e plataformas de revenda, alimentando a nostalgia de quem viveu a era de ouro da marca.
De símbolo de uma geração a objeto de memória afetiva, a trajetória da Pakalolo é um retrato de como, no mercado da moda, o auge pode ser tão rápido quanto a queda.