As imagens chamaram a atenção pela força das ondas / Nair Bueno/DL
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O mar invadindo a orla de Santos, passando por cima do calçadão, atingindo a calçada dos prédios no Embaré e chegando até a Siqueira Campos, assustou moradores e comerciantes na tarde da última terça-feira (29).
A água chegou às garagens de edifícios próximos ao Canal 4, onde comerciantes usaram rodos para conter o avanço da água e proteger seus estabelecimentos.
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As imagens chamaram a atenção pela força das ondas e levantaram dúvidas sobre a possibilidade de um tsunami atingir o Brasil. Veja abaixo:
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Apesar do cenário alarmante, o fenômeno registrado não tem relação com o forte terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a Rússia no mesmo dia e provocou maremotos no Japão, Havaí e na própria Rússia.
O litoral brasileiro tem sido atingido por ressacas, um fenômeno comum e de origem totalmente diferente dos tsunamis.
A ressaca ocorre quando ventos intensos, geralmente vindos de frentes frias, se combinam com a elevação natural do nível do mar durante as fases de lua nova e cheia.
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Essa combinação resulta em ondas mais altas e mais fortes, especialmente nas chamadas marés de sizígia, quando Sol, Lua e Terra estão alinhados, intensificando a força gravitacional sobre os oceanos.
No caso desta semana, o responsável pelo avanço do mar não foi uma frente fria, mas sim um ciclone extratropical que passou pela costa sul-sudeste do Brasil.
Esse tipo de sistema meteorológico também é capaz de gerar ondas grandes e ressacas fortes, como as que atingiram Santos e outras cidades da região.
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Já os tsunamis são provocados por causas geológicas. Eles surgem, principalmente, após terremotos submarinos, que deslocam grandes volumes de água devido ao movimento das placas tectônicas no fundo do oceano. Esse tipo de evento gera ondas gigantes que viajam por grandes distâncias com força devastadora.
Apesar da preocupação despertada pelas imagens das ressacas, o risco de um tsunami atingir o litoral brasileiro é extremamente baixo. Isso porque o país está localizado longe das bordas das placas tectônicas, onde ocorrem os principais terremotos e maremotos que dão origem aos tsunamis.
Como o Brasil não costuma registrar grandes tremores de terra nem rupturas no fundo do mar, os especialistas afirmam que a chance de um tsunami no país é praticamente nula.
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Mesmo eventos de grande magnitude em outras regiões do mundo, como o recente tremor na Rússia, dificilmente teriam reflexos diretos nas praias brasileiras.
As placas tectônicas são enormes blocos que formam a crosta terrestre, localizadas abaixo dos continentes e oceanos. Elas estão em constante movimento, e o atrito entre elas pode causar terremotos.
Quando esse movimento acontece no fundo do mar, pode gerar maremotos e tsunamis. Como o Brasil está distante desses pontos de encontro, o país não costuma ser afetado por tais fenômenos.
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