O carbono azul está presente em ecossistemas costeiros e marinhos comuns no Brasil / Freepik
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O carbono azul é o carbono orgânico capturado e armazenado por ecossistemas costeiros e marinhos, como manguezais e pradarias subaquáticas.
Esses ambientes, comuns no Brasil, são alguns dos sumidouros de carbono mais eficientes do planeta, capazes de estocar grandes volumes, muitas vezes superando florestas tropicais em sua capacidade.
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Segundo o executivo de negócios climáticos Pedro Plastino, em artigo publicado pela revista Exame, proteger esses ecossistemas ajuda a combater as mudanças climáticas e ainda gera valor econômico, já que isso atrai investimentos e beneficia comunidades costeiras.
De acordo com Plastino, o carbono azul é valorizado por diferentes iniciativas ao redor do mundo, incluindo o Blue Catalytic Fund, a Ocean and Climate Platform e o Mangrove Breakthrough.
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Esses programas usam tecnologias que medem com precisão quanto carbono os ecossistemas costeiros armazenam, permitindo que eles participem dos mercados de carbono e gerem benefícios ambientais e econômicos.
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Para Pedro Plastino, o Brasil tem condições únicas para se destacar globalmente no carbono azul, por possuir uma das maiores linhas costeiras do mundo e o maior manguezal contínuo do planeta.
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E o Governo Federal já começou a se alinhar ao movimento global de valorização do carbono azul. A Petrobras, inclusive, fez um vídeo mostrando a importância do mangue para o planeta:
Durante a 3ª Conferência do Oceano da ONU, por exemplo, o País anunciou sua adesão ao Mangrove Breakthrough (iniciativa global para proteger e restaurar manguezais), mostrando compromisso com o valor ambiental e econômico desse tipo de ecossistema.
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O avanço do carbono azul no setor privado brasileiro ainda é limitado, com poucas empresas desenvolvendo projetos sólidos, mas exemplos iniciais, como o Ocean Pact, já mostram que é possível expandir essa prática.
Pedro Plastino defende que as empresas devem deixar de enxergar a preservação e utilização do carbono azul apenas como uma pauta ambiental, mas, sim, como um elemento que oferece oportunidades de inovação, impacto social e vantagens econômicas.
Vitoria Estrela
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