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Cotidiano

Mais Médicos: 73 cubanos deixam a Baixada Santista

Para suprir as vagas e não prejudicar o atendimento à população na rede pública, as secretarias de Saúde estão remanejando profissionais

Bárbara Farias

Publicado em 22/11/2018 às 08:00

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Cubanos que atuavam em Santos, Sâo Vicente, Guarujá, Praia Grande, Mongaguá e Peruíbe deixaram seus cargos / Divulgação/PMS

Setenta e três médicos cubanos já deixaram de atuar no Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, na Baixada Santista, em razão do fim do acordo entre Brasil e Cuba. Para suprir as vagas e não prejudicar o atendimento à população na rede pública, as secretarias de Saúde estão  remanejando profissionais.      

Guarujá

“Devido à ausência de 29 médicos cubanos já a partir desta quarta-feira (21) em Guarujá, a Prefeitura está remanejando profissionais dentro das próprias Unidades de Saúde da Família (Usafas), de modo a não deixar nenhuma desassistida”, informou a assessoria de imprensa.

Segundo a Prefeitura, a Atenção Básica possui 49 médicos do programa, incluindo os 29 cubanos. Ao todo, 42 médicos estão na Estratégia de Saúde da Família (ESF), nas Usafas. Algumas unidades possuem quatro equipes, outras três e outras duas.

Em nota, a Prefeitura esclareceu que “o remanejamento permitirá que as unidades mantenham atendimento até que o edital para contratação de novos médicos, já publicado pelo Ministério da Saúde, seja concluído. A expectativa é que os novos profissionais sejam contratados até a segunda quinzena de dezembro. É importante ressaltar que nas Unidades Básicas de Saúde também há médicos do programa, mas eles não serão remanejados”.
 
Santos

A Secretaria de Saúde de Santos pagará horas extras a médicos da rede e irá remanejá-los entre as unidades para suprir a saída de oito profissionais cubanos.

Santos tem 24 profissionais vinculados ao Mais Médicos, que atuam na atenção básica. Os cubanos trabalhavam nas unidades de Estratégia de Saúde da Família do Caruara, Monte Cabrão, Alemoa, Jabaquara, Martins Fontes e Castelo (um em cada) e São Jorge (dois), totalizando a cobertura de 28 mil pessoas.

“Nesta quarta (ontem) já foram definidos alguns remanejamentos temporários de profissionais e, a partir de segunda-feira (26), também utilizaremos o recurso das horas extras. O objetivo é suprir as necessidades básicas de saúde da população destes territórios, com o menor impacto possível até a reposição definitiva dos médicos pelo governo federal”, explicou o secretário municipal de Saúde, Fábio Ferraz.

São Vicente

A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), informou que a cidade tem 23 médicos do programa, sendo oito cubanos e o restante é de intercambistas ou brasileiros. Os profissionais atuam em unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF).

“A Sesau aguarda a saída do novo edital com as informações e determinações do Ministério da Saúde. Com isso, o Município determinará medidas para que a população não fique sem assistência”, informou a Prefeitura.

Praia Grande

Em Praia Grande, dos 34 profissionais inscritos no programa, 18 são cubanos e já foram dispensados.

“Médicos de outras unidades foram remanejados para as que contavam com médicos cubanos e três vezes por semana haverá um reforço no atendimento também através do remanejamento. Todos os atendimentos ocorrem dentro do horário de trabalho, portanto não haverá pagamentos extras”, informou a Prefeitura de Praia Grande em nota.

Os médicos cubanos atendiam em nove das 18 unidades de saúde. Cada unidade atende, em média, 70 pacientes por dia. Eles atendiam nas Usafas Aviação, Melvi, Ribeiropolis, Tupiry, São Jorge, Aloha, Anhanguera, Rio Branco e Vila Sônia.

Mongaguá

Em Mongaguá, dos seis médicos vinculados ao programa, cinco são cubanos e já foram dispensados. Segundo a Diretoria de Saúde, eles atendiam nas Unidades de Saúde da Família (USFs).

“A situação afetou cinco das nove Unidades de Saúde da Família da cidade, o que gerou grande preocupação. Uma das alternativas encontradas foi contatar os médicos das demais unidades e solicitar colaboração”, explicou a diretora de Saúde, Daiane Conceição Itacarambí.

Peruíbe

Em Peruíbe, os cinco médicos cubanos vinculados ao Mais Médicos deixaram seus cargos ontem. Eles atuavam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

“Foram feitos remanejamentos de forma a minimizar o problema. Todas as unidades tem pediatra, ginecologia e enfermeiros (estes estão acolhendo e separando os casos mais urgentes)”, informou a Prefeitura por meio de nota.

Bertioga

Em Bertioga atuam dois médicos brasileiros e uma cubana no Programa Mais Médicos. “A médica cubana está locada na Unidade de Saúde da Família de Boracéia. Caso realmente haja a volta dela para o país de origem, o Município terá de realocar outro médico para o local. Lembrando que, neste caso, a cidade é quem arcará com os custos do profissional, visto que os profissionais do Programa Mais Médicos são pagos pelo Governo Federal”, informou a Prefeitura em nota, por meio da assessoria de imprensa.

Cubatão

“De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Cubatão tem sete médicos que atendem pelo Programa Mais Médicos na cidade. São cinco cubanos e dois brasileiros. Todos continuam trabalhando normalmente. Eles atuam no Programa Saúde da Família nos bairros Vila dos Pescadores, Água Fria, Vila Esperança (2), Cota 95, Ilha Caraguatá e Jardim Nova República. O atendimento está normalizado e a Secretaria de Saúde aguarda posição do Programa Mais Médicos por meio do Ministério da Saúde”, informou a Prefeitura de Cubatão em nota.

Itanhaém

A Prefeitura de Itanhaém foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta reportagem.

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