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A crise no Mali (África) deve provocar a fuga de mais de 400 mil pessoas para os países vizinhos e de, pelo menos, 300 mil internamente, segundo estimativas da Agência de Refugiados das Nações Unidas (cuja sigla em inglês é Acnur). Os conflitos no Mali se acentuaram nos últimos dias com o envio de tropas francesas para reforçar o apoio às Forças oficiais do governo, no combate a grupos extremistas islâmicos que dominam o Norte.
Desde a semana passada, segundo a Acnur, aumentou o número de refugiados para os países vizinhos. Os cidadãos do Mali buscam abrigo na Mauritânia, em Burkina Faso e no Níger, além da Argélia, Guiné e do Togo.
Nas abordagens feitas por funcionários da Acnur, os refugiados disseram que tentam escapar das ações militares, da falta de meios de subsistência e do medo da aplicação da sharia (lei islâmica), imposta pelos grupos extremistas no Norte do Mali. De acordo com os relatos, as tropas extremistas empregam também crianças.
Em alguns países vizinhos ao Mali, foram instalados campos provisórios para abrigar os refugiados. Ao mesmo tempo, a agência das Nações Unidas tenta ajudar os que procuram abrigo fora de seu país, enviando especialistas para a região com o objetivo de apoiar a assistência aos refugiados.
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