O corredor ligará Rondonópolis ao porto de Santos / Reprodução/YouTube
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A maior obra ferroviária em andamento no Brasil está mudando o cenário logístico do agronegócio ao criar um novo corredor de grãos entre Mato Grosso e o Porto de Santos.
Com expectativa de alcançar 743 km de trilhos até 2030, a ferrovia estadual mato-grossense promete acelerar o transporte da produção agrícola rumo ao principal porto exportador do país.
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O projeto, conduzido pela Rumo Logística dentro de um modelo de ferrovia autorizada com gestão privada por 100 anos, envolve investimento estimado entre R$ 12 e R$ 15 bilhões, dando forma a uma infraestrutura inédita no país.
A ferrovia terá ponto central em Rondonópolis, conectando-se a dois ramais que seguirão para Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Essa configuração permitirá integrar 16 municípios à malha já operada pela Rumo em São Paulo, fortalecendo o eixo ferroviário que leva a produção até Santos.
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Com essa ligação, até 40% da safra nacional de grãos poderá ser transportada pelo novo corredor. A relevância é expressiva, considerando que a exportação brasileira superou 150 milhões de toneladas recentemente, com Mato Grosso como principal origem.
A construção envolve obras de grande porte, incluindo 21 viadutos, 22 pontes e cerca de 2 km de túneis, o que evidencia a complexidade técnica necessária ao longo do trajeto.
Até agora, cerca de 5 mil empregos foram gerados, reunindo profissionais de diversas regiões e movimentando uma ampla cadeia de suporte para manter a execução da obra.
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Além de modernizar o escoamento da produção, a ferrovia deve criar até 145 mil empregos diretos e indiretos durante suas etapas de construção e operação. Na fase atual, os 5 mil postos já abertos representam parcela importante das vagas de infraestrutura no estado.
O novo corredor também deve reduzir a dependência das rodovias, diminuindo os custos logísticos e elevando a eficiência do transporte de grãos, reforçando a competitividade mato-grossense.
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O projeto utiliza o modelo de ferrovia autorizada, que garante à Rumo o direito de gerir e operar a linha por um século. Esse formato privado, sem concessão federal tradicional, abre espaço para novos investimentos ferroviários no país.
A iniciativa também consolida Mato Grosso como protagonista na cadeia logística nacional ao conectar sua produção diretamente ao Porto de Santos, ampliando o alcance e a eficiência da exportação de commodities.
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Veja, no vídeo do canal Ousebem um compilado com todas as ferrovias em construção no Brasil: