MEIO AMBIENTE

Maior ilha do mundo está se movendo e pode causar catástrofe mundial

Nova pesquisa revela por que o território groenlandês está mudando de direção, forma e altura

Agência Diário

Publicado em 15/12/2025 às 19:10

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Entenda o fenômeno que está acontecendo com a Groelândia / Freepik

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A maior ilha do mundo está se movendo para noroeste e se deformando em ritmo acelerado. Pela primeira vez, cientistas conseguiram medir com precisão a contribuição de cada força responsável por essas mudanças.

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Placas tectônicas, derretimento atual e efeitos da era glacial atuam simultaneamente, criando uma transformação que redefine o futuro da Groenlândia. Aproveite e veja: o dia em que a Antártida perder o gelo, como seria o continente sem sua camada branca.

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A Groenlândia não está parada: placas tectônicas, herança da era glacial e o aquecimento global estão redesenhando a maior ilha do planeta em tempo real/Freepik
A Groenlândia não está parada: placas tectônicas, herança da era glacial e o aquecimento global estão redesenhando a maior ilha do planeta em tempo real/Freepik
Movimento milimétrico, impacto gigantesco: cientistas revelam por que a Groenlândia avança para o noroeste e se deforma mais rápido do que o esperado/Pixabay
Movimento milimétrico, impacto gigantesco: cientistas revelam por que a Groenlândia avança para o noroeste e se deforma mais rápido do que o esperado/Pixabay
Um gigante em transformação: forças profundas da Terra e o derretimento do gelo explicam a mudança acelerada da Groenlândia/Pixabay
Um gigante em transformação: forças profundas da Terra e o derretimento do gelo explicam a mudança acelerada da Groenlândia/Pixabay
O passado ainda pesa: a memória da era glacial, somada ao clima atual, empurra e inclina a Groenlândia rumo ao Canadá/Pixabay
O passado ainda pesa: a memória da era glacial, somada ao clima atual, empurra e inclina a Groenlândia rumo ao Canadá/Pixabay
Quando tectônica e clima se encontram: a Groenlândia se torna um laboratório vivo das mudanças geológicas e climáticas do planeta/Pixabay
Quando tectônica e clima se encontram: a Groenlândia se torna um laboratório vivo das mudanças geológicas e climáticas do planeta/Pixabay

Placas tectônicas que empurram a ilha para noroeste

A Groenlândia está fixada na placa tectônica norte-americana, cuja rotação lenta em torno do polo de Euler empurra a ilha para noroeste. Como a Groenlândia está longe desse polo, seu movimento é mais rápido que o de regiões próximas à América Central.

Esse deslocamento constante, registrado com precisão milimétrica, coloca a ilha em trajetória contínua em direção ao Canadá. Pequena em escala anual, mas significativa em escala geológica, essa movimentação já influencia a cartografia moderna.

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A pesquisa destaca que o movimento tectônico, embora previsível, interage com outros dois fenômenos que distorcem a ilha de maneiras inesperadas. 

A memória da era glacial que ainda molda o território

A influência da antiga Calota Laurentide continua presente. Quando esse gelo monumental derreteu, o manto se redistribuiu e empurrou o solo canadense para cima, forçando a Groenlândia a se inclinar e a se mover lateralmente.

Esse processo milenar está longe de acabar. O solo ainda responde a pressões antigas, criando zonas onde a ilha afunda, outras onde se eleva e regiões que sofrem compressões lentas.

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Segundo os pesquisadores, esse efeito glacial residual é muito mais intenso do que se imaginava e compõe uma das peças centrais do quebra-cabeça geológico groenlandês.

O derretimento atual que remodela a ilha em tempo real

Hoje, o derretimento acelerado da camada de gelo transforma a Groenlândia em um laboratório vivo sobre os efeitos das mudanças climáticas. À medida que o gelo perde volume, o solo reage imediatamente, subindo ou se expandindo lateralmente.

Essas alterações também influenciam o nível do mar global: desde a era glacial, cerca de 4,5 metros de aumento vêm diretamente da Groenlândia. A retração atual está entre as maiores já registradas.

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Com a combinação das três forças, tectonismo, memória glacial e aquecimento global, a ilha exibe um comportamento singular, que exige novos modelos e atualizações constantes para compreender seu futuro geológico.
 

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