Cotidiano
Com sua arquitetura monumental, história turbulenta e beleza preservada, o castelo é um testemunho vivo da engenhosidade e da ambição humana durante a Idade Média
A construção, feita inteiramente de tijolos vermelhos, tornou-se um ícone do estilo gótico de tijolos, típico do norte da Europa / Diego Delso/ Creative Commons
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Símbolo da grandiosidade e da força da Idade Média, o Castelo de Malbork, localizado no norte da Polônia, é reconhecido como o maior castelo do mundo em área construída — e um dos monumentos góticos mais impressionantes da Europa.
Construído há mais de 700 anos pelos Cavaleiros Teutônicos, o complexo tem o dobro do gigante Palácio de Buckingham, na Inglaterra e 30 milhões de tijolos em sua construção. Ele ocupa mais de 143 mil metros quadrados e continua a encantar visitantes com sua imponência, história e mistério.
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Situado às margens do rio Nogat, o Zamek w Malborku (em polonês) foi erguido no século XIII como a sede da poderosa Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, uma congregação militar e religiosa que dominava a região do Báltico.
A construção, feita inteiramente de tijolos vermelhos, tornou-se um ícone do estilo gótico de tijolos, típico do norte da Europa. O contraste entre a cor intensa das paredes e as torres altíssimas confere ao castelo uma aparência ao mesmo tempo austera e fascinante.
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O complexo é dividido em três partes interligadas:
Castelo Alto: a parte mais antiga, que servia como mosteiro e espaço religioso;
Castelo Médio: residência do Grão-Mestre e centro administrativo da Ordem;
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Castelo Inferior: área com estruturas defensivas, cozinhas, padarias e até hospital.
Durante seu auge, mais de 300 cavaleiros e servos viviam dentro das muralhas, em uma verdadeira cidade medieval autossuficiente.
A história de Malbork é marcada por batalhas e conquistas. Após o declínio da Ordem Teutônica, o castelo foi tomado por poloneses, suecos e prussianos, mudando de mãos diversas vezes ao longo dos séculos.
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No século XIX, começou um ambicioso processo de restauração, interrompido pela Segunda Guerra Mundial, quando o castelo foi severamente danificado. Após o conflito, a Polônia o reconstruiu praticamente do zero, recuperando sua forma original.
Hoje, o Castelo de Malbork é Patrimônio Mundial da UNESCO e recebe mais de meio milhão de visitantes por ano.
Entre os espaços mais impressionantes estão o Salão dos Grandes Mestres, com afrescos originais e uma imensa lareira do século XIII, e a Capela de Santa Ana, uma joia da arquitetura sacra medieval.
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O local abriga ainda o Museu do Âmbar, um dos mais renomados da Polônia, e oferece passeios noturnos à luz de tochas, que recriam a atmosfera mágica da Idade Média.
Os ingressos custam entre 100 e 120 zlotys (PLN) e o acesso é fácil por trem a partir da cidade de Gdansk, um dos principais destinos turísticos do país.
Embora Malbork lidere em tamanho, outros castelos também impressionam pelo porte e pela história:
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Castelo de Praga (República Tcheca): reconhecido pelo Guinness Book como o maior complexo de castelos antigos, com 70 mil m².
Castelo de Windsor (Reino Unido): residência oficial da monarquia britânica e o maior castelo real ainda em uso.
Castelo de Hohenzollern (Alemanha): famoso por suas torres e localização a 855 metros acima do nível do mar.
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Castelo de Edimburgo (Escócia): uma das fortalezas mais emblemáticas do Reino Unido, construída sobre uma rocha vulcânica.
Com sua arquitetura monumental, história turbulenta e beleza preservada, o Castelo de Malbork é mais do que uma relíquia do passado — é um testemunho vivo da engenhosidade e da ambição humana durante a Idade Média.