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Cotidiano

Mãe e padrasto são impedidos de ir a velório de Joaquim

O enterro aconteceu as 14 horas. Familiares, amigos e moradores lotaram as dependências do cemitério

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/11/2013 às 14:30

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O corpo do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, foi velado no Cemitério Municipal de São Joaquim da Barra (SP), cidade natal da sua mãe, a psicóloga Natália Ponte, de 29 anos. O enterro aconteceu as 14 horas. Familiares, amigos e moradores lotaram as dependências do cemitério. A mãe de Joaquim e o padrasto, Guilherme Longo, de 28 anos, foram impedidos pela Justiça de acompanhar o velório e o enterro. O casal está preso. O corpo do menino, que morava em Ribeirão Preto e estava desaparecido desde terça-feira, 5, foi encontrado no domingo, 10, boiando no Rio Pardo, em Barretos, no interior de São Paulo.

No velório, alguns dos presentes ensaiam gritos de revolta, outros batem palmas e rezam. No caixão, que está lacrado, foi colocada uma foto do garoto. Necropsia feita pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Barretos comprovou que Joaquim foi jogado morto no Córrego Tanquinho. Seu pulmão não tinha água, o que descarta a possibilidade da morte por afogamento.

Há informações de que Natália estaria presa na cadeia feminina do Jardim Guanabara, em Franca (SP), e, chorando muito, teria dito a algumas detentas que não tinha nada a ver com a morte do filho e que a culpa seria do padrasto. A Justiça decretou na noite de domingo a prisão temporária de Natália e de Longo. O casal ficará preso por 30 dias.

Fila para entrar no velório do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, no Cemitério Municipal de São Joaquim da Barra (Foto: Luis Cleber/Estadão Conteúdo)

Caso

No domingo o dono de um rancho localizou o corpo e chamou os Bombeiros. Uma das principais hipóteses é de que Joaquim tenha sido jogado no Córrego Tanquinho, que passa perto de sua casa e deságua no Rio Pardo. Como choveu muito durante a semana, o corpo teria sido levado até Barretos. A polícia quer descobrir a "mecânica do crime" a fim de esclarecer o caso.

Desde o início das buscas, a Polícia Civil vinha concentrando os trabalhos no Rio Pardo. A suspeita aumentou após um cão farejador da polícia apontar que o menino teria ido de sua casa até o córrego na companhia do padrasto. Ele, por sua vez, se defendeu dizendo que sempre ia ao córrego com o garoto e que, por isso, a descoberta não queria dizer nada.

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