Cotidiano

Luz, alimentos e combustíveis puxam inflação em Santos

Pesquisa aponta alta de 1,67% no IPC do mês de março. A informação é do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Universidade Santa Cecília

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/04/2015 às 01:10

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de março,  apresentou inflação de 1,67%, índice muito elevado e preocupante, pois já atinge a 4,31% no ano em apenas três meses. A informação é do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Universidade Santa Cecília (Nese/Unisanta).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Em termos de grupos, os de maior impacto foram: habitação, transportes e alimentação sendo que outros grupos variaram entre estabilidade, inflação e deflação.

Segundo o responsável pela pesquisa, o economista Prof. Jorge Manuel de Souza Ferreira, a inflação crescente deve-se em grande parte a ajustes dos preços administrados notadamente a energia elétrica e os combustíveis que tem como característica o impacto em grande parte da cadeia produtiva, fazendo então replicar o efeito inflacionário através do ajuste de preços dos produtos e serviços de forma a equilibrar a rentabilidade do prestador ou fabricante.

Para conter a escalada inflacionária o Governo tem adotado medidas econômicas e fiscais, contracionistas como a elevação de impostos diretos e indiretos, bem como elevação das taxas de juros que ainda podem sofrer novos ajustes ao longo do ano dependendo do comportamento da inflação e do dólar.

Continua depois da publicidade

Segundo a pesquisa, reparos em veículos registrou inflação de 4,4% (Foto: Matheus Tagé/DL)

A pesquisa apresenta uma análise detalhada, por grupo, das principais variações apuradas:

Habitação
Em habitação, foi apurada inflação de 2,77%, no mês. O aumento da energia elétrica em 29% foi sem dúvida o maior gerador de impacto inflacionário no grupo.

Alimentação
A inflação é de 2,09%, devido a reajustes na carne bovina (3,94%), pescados (1,9%), leites (3,97%), cereais (em média 5,4%), destaque para o feijão com reajuste de 10,1%, produtos in natura, aumento médio de 4,3% (destaques para os legumes 10,2% e verduras 9,9%). A alimentação fora do domicílio tem apresentado evolução em relação ao aumento médio dos alimentos, enquanto os alimentos subiram 4,75% no ano, a alimentação fora do domicílio aumentou 10% no mesmo período.

Transportes
Constatou-se inflação de 1,97% no grupo, tendo por motivação principal os aumentos: gasolina (2,09%), reparos no veículo (4,4%) e preço dos veículos (3,29%) de reajuste.

Despesas Pessoais
Houve inflação de 1,43% verificando-se os principais aumentos em artigos de beleza (2,02%), recreação e cultura  (2,48%) e flores e plantas (7,6% em média).

Saúde
Foi apurada deflação de -0,47% devido à redução de preço nos produtos farmacêuticos em -0,7% com relativa estabilidade nos demais itens.

Vestuário
Inflação de 0,54% tendo por principal motivador o aumento de preços dos calçados (5,6%), seguido de roupas de homem (1,79%), armarinhos (3,3%), e bijuterias (2%).

Educação
Permaneceu estável, pois o reajuste de material escolar em 0,06% foi absorvido pela estabilidade dos demais itens.

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software