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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de Santos, no mês de março, apresentou inflação de 1,67%, índice muito elevado e preocupante, pois já atinge a 4,31% no ano em apenas três meses. A informação é do Núcleo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos da Universidade Santa Cecília (Nese/Unisanta).
Em termos de grupos, os de maior impacto foram: habitação, transportes e alimentação sendo que outros grupos variaram entre estabilidade, inflação e deflação.
Segundo o responsável pela pesquisa, o economista Prof. Jorge Manuel de Souza Ferreira, a inflação crescente deve-se em grande parte a ajustes dos preços administrados notadamente a energia elétrica e os combustíveis que tem como característica o impacto em grande parte da cadeia produtiva, fazendo então replicar o efeito inflacionário através do ajuste de preços dos produtos e serviços de forma a equilibrar a rentabilidade do prestador ou fabricante.
Para conter a escalada inflacionária o Governo tem adotado medidas econômicas e fiscais, contracionistas como a elevação de impostos diretos e indiretos, bem como elevação das taxas de juros que ainda podem sofrer novos ajustes ao longo do ano dependendo do comportamento da inflação e do dólar.
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A pesquisa apresenta uma análise detalhada, por grupo, das principais variações apuradas:
Habitação
Em habitação, foi apurada inflação de 2,77%, no mês. O aumento da energia elétrica em 29% foi sem dúvida o maior gerador de impacto inflacionário no grupo.
Alimentação
A inflação é de 2,09%, devido a reajustes na carne bovina (3,94%), pescados (1,9%), leites (3,97%), cereais (em média 5,4%), destaque para o feijão com reajuste de 10,1%, produtos in natura, aumento médio de 4,3% (destaques para os legumes 10,2% e verduras 9,9%). A alimentação fora do domicílio tem apresentado evolução em relação ao aumento médio dos alimentos, enquanto os alimentos subiram 4,75% no ano, a alimentação fora do domicílio aumentou 10% no mesmo período.
Transportes
Constatou-se inflação de 1,97% no grupo, tendo por motivação principal os aumentos: gasolina (2,09%), reparos no veículo (4,4%) e preço dos veículos (3,29%) de reajuste.
Despesas Pessoais
Houve inflação de 1,43% verificando-se os principais aumentos em artigos de beleza (2,02%), recreação e cultura (2,48%) e flores e plantas (7,6% em média).
Saúde
Foi apurada deflação de -0,47% devido à redução de preço nos produtos farmacêuticos em -0,7% com relativa estabilidade nos demais itens.
Vestuário
Inflação de 0,54% tendo por principal motivador o aumento de preços dos calçados (5,6%), seguido de roupas de homem (1,79%), armarinhos (3,3%), e bijuterias (2%).
Educação
Permaneceu estável, pois o reajuste de material escolar em 0,06% foi absorvido pela estabilidade dos demais itens.