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Cotidiano

Luta contra o preconceito deve se traduzir em ações concretas, diz ministro

“A educação é um instrumento de formação social importante. O único que vai fazer com que tenhamos redenção. Ela é libertadora, especialmente para nós, afro-brasileiros”,defendeu ele

Publicado em 21/03/2014 às 14:02

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O ministro da Educação, Henrique Paim, disse hoje (21), Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, que é preciso traduzir todo o embate contra o preconceito em ações concretas.

“Precisamos, a partir da educação infantil, começar nossa verdadeira saga contra a discriminação racial e a valorização da África no Brasil”, disse. “A educação é um instrumento de formação social importante. O único que vai fazer com que tenhamos redenção. Ela é libertadora, especialmente para nós, afro-brasileiros”, defendeu o ministro durante o lançamento de materiais pedagógicos sobre história e cultura africana.

Para ele, o lançamento do material representa um grande legado para o Brasil. Ao todo, 32 mil escolas vão receber as publicações, feitas em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

O representante da Unesco no Brasil, Lucien Muñoz, lembrou que a discriminação racial assume diversas formas, mas que cada uma delas representa uma afronta aos direitos humanos e à dignidade. Para ele, a ampla circulação de informação estimula uma melhor aproximação de culturas, o respeito mútuo e o desenvolvimento de uma cultura de paz.

Henrique Paim disse que é preciso traduzir todo o embate contra o preconceito em ações concretas (Foto: Divulgação/MEC)

“Contribuir para a redução da discriminação racial no mundo e no Brasil produzindo conhecimento sobre a África e os afro-brasileiros tem sido um esforço que vem sendo desenvolvido nos últimos anos pela Unesco em estreita parceria com o MEC e a Universidade Federal de São Carlos.”

O secretário-executivo da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Giovanni Harvey, elogiou a parceria e cobrou que mais órgãos do governo federal se comprometam com o combate à discriminação racial e ao preconceito.

“Teremos um novo patamar quando a sociedade brasileira e os órgãos assumirem para si essa responsabilidade. Esse exemplo vai abrir caminho para que outros gestores públicos possam fazer o que o MEC está fazendo”, destacou.

A publicação Síntese da Coleção História Geral da África, dividida em dois volumes, pretende fornecer subsídios para pesquisadores e estudantes e para a prática pedagógica de professores da educação básica, com o objetivo de ampliar conhecimentos sobre a história e a cultura africana.

Já o livro História e Cultura Africana e Afro-Brasileira na Educação Infantil vai disponibilizar conteúdos para a formação e o conhecimento sobre a riqueza, as diferenças e a diversidade da história e da cultura africana e suas influências na história e na cultura do povo brasileiro.

De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Macaé Maria Evaristo, o material abre caminho para a implementação da Lei n° 10.639 de 2003, que determina a inclusão de conteúdos sobre a história da cultura afro-brasileira e africana na educação básica.

“Estamos começando com um material específico para a educação infantil, mas vamos também entregar materiais para o ensino fundamental e o ensino médio”, disse. “É importante avançar nessas pautas dentro das escolas”, completou.

O embaixador da República do Zimbábue no Brasil, Thomas Bvuma, também elogiou o lançamento do material didático e lembrou que utilizar a educação como ferramenta para eliminar a discriminação racial permite ampliar o conhecimento e elevar a autoestima de quem sofre preconceito.

“Enquanto o mundo continuar a ter a pobreza ligada à cor e enquanto não houver educação multicultural universal, vamos continuar celebrando o Dia Nacional pela Eliminação da Discriminação Racial”, destacou.

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