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Cotidiano

Líderes das igrejas católica e anglicana se unem contra tráfico de pessoas

O pontífice e o arcebispo, líder espiritual de 80 milhões de anglicanos, se reuniram nesta segunda-feira em privado e logo rezaram juntos em uma capela do Vaticano

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/06/2014 às 16:56

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O papa Francisco e o arcebispo de Canterbury Justin Welby qualificaram o tráfico de pessoas como um crime contra a dignidade humana e prometeram combatê-lo juntos, encontrando um terreno comum em um tema social apesar das divisões teológicas entre as duas religiões.

O pontífice e o arcebispo, líder espiritual de 80 milhões de anglicanos, se reuniram nesta segunda-feira em privado e logo rezaram juntos em uma capela do Vaticano, em seu segundo encontro desde que ambos foram eleitos no ano passado.

Francisco tem feito da luta contra a forma moderna da escravidão uma prioridade em seu papado. O Vaticano realizou duas conferências, o papa já se reuniu com mulheres que foram traficadas e a Santa Sé também se aliou com a Igreja Anglicana e a Universidade de Al-Azhar no Cairo, a mais conhecida em ensinamento sunita, para lançar uma iniciativa mundial contra o tráfico de pessoas.

"Permita-nos cumprir com nosso compromisso de combater novas formas de escravidão, com a esperança de que possamos ajudar a dar alívio às vítimas e opormos a este deplorável crime", disse Francisco a Walby.

O papa Francisco recebeu o Arcebispo de Canterbury, Justin Welby em audiência privada na biblioteca do Vaticano (Foto: Associated Press)

O arcebispo de Canterbury disse que cooperação é chave. "É um crime que todos necessitamos de superar com urgência, pela dignidade humana, a liberdade e a integridade da vida."

Contudo, o arcebispo reconheceu que embora católicos e anglicanos estejam trabalhando juntos nisso "há questões de profunda importância que nos separam".

A Igreja Católica não permite que as mulheres exerçam o sacerdócio, muito menos que sejam bispas, baseada na crença de que todos os apóstolos de Cristo eram homens.

Por outro lado, igrejas anglicanas na Austrália, Nova Zelândia e EUA já tem bispas. As dioceses da igreja anglicana votaram a favor de fazer o mesmo e a igreja do Sínodo Governante votará o tema em julho.

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