Cotidiano

Leilão de imóvel: especialista alerta sobre lucro certo ou cilada de alto risco

Descontos de até 60% atraem, mas riscos jurídicos, dívidas e a euforia do lance podem frustrar; advogado dá o checklist para evitar prejuízo

Giovanna Camiotto

Publicado em 29/10/2025 às 10:00

Atualizado em 04/11/2025 às 09:22

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Especialistas alertam que falta de preparo jurídico pode transformar oportunidade em prejuízo / Pexels

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Com descontos de até 60% e a possibilidade de uso do FGTS, os leilões de imóveis crescem em popularidade, atraindo investidores e compradores iniciantes. No entanto, o que parece ser uma oportunidade imperdível pode esconder armadilhas. O advogado Carlos Campi, especialista em Direito Imobiliário com foco em leilões, é categórico.

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“O maior erro é acreditar que leilão é uma compra comum”, explicou Campi, reforçando que, sem preparo jurídico e emocional, o investimento pode terminar em frustração e prejuízo.

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O apelo do alto retorno e da economia esconde uma complexidade que muitos ignoram. "Muitos compram sem nem ler o edital e se surpreendem com ocupações, dívidas e processos que atrasam ou inviabilizam o uso do imóvel”, alerta Campi.

Riscos: onde a euforia vira problema

O leilão não é uma compra usual. Débitos condominiais, ações judiciais e até nulidades processuais podem transformar o lucro esperado em prejuízo. O fator emocional também é um grande inimigo, com a euforia levando a lances acima do teto definido. A disciplina é fundamental, pois o mercado recompensa a técnica, não a emoção.

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Para quem deseja investir com segurança, o advogado Carlos Campi reitera que o preparo é a chave. Nunca se deve arrematar sem ler o edital e sem estar bem assessorado.

É essencial verificar a autenticidade do leilão para fugir de golpes, consultar a matrícula atualizada do imóvel para identificar restrições e checar dívidas como IPTU e condomínio.

Além disso, é crucial confirmar a intimação do devedor (erros nesse ponto anulam o leilão) e descobrir se o imóvel está ocupado para avaliar o custo da desocupação. O investidor deve fazer uma análise de viabilidade financeira completa e definir um teto de lance, respeitando-o rigorosamente.

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Descontos chegam a 60%, mas exigem análise minuciosa de dívidas, ocupação e histórico do imóvel/Pexels
Descontos chegam a 60%, mas exigem análise minuciosa de dívidas, ocupação e histórico do imóvel/Pexels
Pular a leitura do edital é um dos erros mais frequentes entre arrematantes iniciantes/Pexels
Pular a leitura do edital é um dos erros mais frequentes entre arrematantes iniciantes/Pexels
A desocupação pode ser demorada e custosa, impactando diretamente o retorno do investimento/Pexels
A desocupação pode ser demorada e custosa, impactando diretamente o retorno do investimento/Pexels
A euforia em disputas pode levar a ofertas acima do valor máximo planejado e ao prejuízo/Pexels
A euforia em disputas pode levar a ofertas acima do valor máximo planejado e ao prejuízo/Pexels
A popularização dos leilões atrai iniciantes, que precisam de orientação para investir com segurança/Pexels
A popularização dos leilões atrai iniciantes, que precisam de orientação para investir com segurança/Pexels

Cenário de alto risco e retorno

Enquanto a renda fixa oferece segurança limitada, o leilão exige domínio técnico e emocional. Com o aumento da inadimplência e juros altos, cresce a oferta de imóveis em leilão, o que exige mais atenção e preparo dos compradores.

As mudanças no Código de Processo Civil (Lei 13.105/15) simplificaram os leilões judiciais, tornando-os mais acessíveis e seguros, o que também impulsiona o aumento de investidores. A recomendação final do especialista é ter frieza e disciplina, pois paciência e conhecimento técnico são igualmente importantes para que o investimento renda frutos.

“O maior erro é acreditar que leilão é uma compra comum. Nunca arremate sem ler o edital e sem estar bem assessorado,” conclui Campi.

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Confira mais informações no vídeo de Jorge Kodama.

 

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