A decisão já é vista como um marco nas discussões sobre o equilíbrio entre produtividade, qualidade de vida e autonomia no mundo corporativo / Pixabay
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Um caso inédito reacendeu o debate sobre o futuro do trabalho remoto. A Fair Work Commission, tribunal responsável pelas relações trabalhistas na Austrália, decidiu a favor de Karlene Chandler, funcionária do banco Westpac, garantindo a ela o direito de trabalhar integralmente em casa.
Chandler atua há 23 anos na área de hipotecas do Westpac e atualmente trabalha meio período. Morando fora de Sydney, ela argumentou que o trajeto até o escritório levaria quase duas horas, em um deslocamento que se tornaria inviável na rotina. Mesmo assim, o banco havia determinado que ela comparecesse presencialmente dois dias por semana.
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O tribunal entendeu que não havia justificativa razoável para a exigência. A decisão destacou, ainda, um comentário de uma gerente do Westpac, que teria dito a Chandler que “trabalhar de casa não é substituto para cuidar dos filhos”, observação considerada inadequada pelo órgão.
Em resposta, o Westpac afirmou estar analisando o parecer e defendeu que suas políticas de retorno ao escritório buscam “equilibrar a colaboração das equipes com a flexibilidade do trabalho remoto”.
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Nos últimos meses, o setor financeiro australiano tem pressionado por um retorno mais consistente aos escritórios, especialmente nos bancos de investimento.
No entanto, nas instituições de varejo, o modelo híbrido segue predominante, e o caso de Chandler pode abrir precedente para que outros profissionais reivindiquem o mesmo direito.
A decisão ainda pode ser contestada, mas já é vista como um marco nas discussões sobre o equilíbrio entre produtividade, qualidade de vida e autonomia no mundo corporativo.
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