23 de Abril de 2024 • 17:36
O júri, com previsão de três dias, é realizado no Fórum da Barra Funda, em São Paulo / Rodrigo Montaldi/DL
O júri popular do policial militar Anderson Willians da Silva, acusado de matar o ex-secretário de Governo de Guarujá Ricardo Joaquim, entra nesta quinta-feira (19) em seu segundo dia, no Fórum da Barra Funda, na capital paulista. Foram ouvidos ontem (18) o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, que presidiu o inquérito policial em Guarujá, o investigador Paulo Carvalhal e uma testemunha protegida.
A sessão foi iniciada por volta das 13h30 de ontem e prosseguiu até o final da noite. Os trabalhos foram retomados às 10h45 de hoje.
Na tarde desta quinta-feira, está sendo ouvido o perito Domingos Tocchetto, contratado pela defesa. Antes, foram ouvidas a mulher do réu e uma amiga dela. A esposa sustentou que Anderson estava com ela em um supermercado em Praia Grande no momento do crime. A amiga dela confirmou a ida do casal ao estabelecimento.
O réu, que nega qualquer tipo de participação no crime, deve ser interrogado ainda hoje.
O advogado do PM, Alex Sandro Ochsendorf, diz que há contradições entre a acusação e as versões das testemunhas. Ele questiona a validade das provas da denúncia.
Denúncia
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, que teve como base o inquérito do 1º Distrito Policial de Guarujá, Silva cometeu o delito com cobertura do ex-PM George de Almeida. O crime ocorreu em 2012, durante uma reunião política em Vicente de Carvalho e, conforme a investigação, foi cometido a mando dos empresários Felício Bragante e Edis Vedovatti. O ex-PM, que responde preso, e os empresários, soltos, também negam o crime.
Conforme a denúncia, os empresários ordenaram a morte após o ex-secretário descumprir um “acordo” para extinguir ou reduzir débitos de IPTU de uma extensa área no Jardim Virgínia.
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