Cotidiano

Jovem faz tratamento com 'pulmão artificial' e família pede ajuda em São Vicente

A família do jovem morador de São Vicente luta para conseguir R$ 240 mil para custear o tratamento com a Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO)

Caroline Souza

Publicado em 16/07/2021 às 07:00

Atualizado em 16/07/2021 às 11:38

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Kauê Janak é casado e tem uma filha; família luta para conseguir R$ 240 mil para custear o tratamento / Arquivo Pessoal

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"Estou vivendo um pesadelo e não consigo acordar". Esse é o sentimento de Alessandra Alvarez, mãe de Kauê Janak Alvarez Claudino, de 24 anos, que está internado desde o dia 23 de junho, por complicações da Covid-19. A família do jovem morador de São Vicente luta para conseguir R$ 240 mil para custear o tratamento com a Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), conhecido como 'pulmão artificial'.

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O engenheiro, que é casado e tem uma filha de sete meses, começou a apresentar sintomas de Covid-19 no dia 12 de junho. Após diversas idas ao hospital, foi internado em Santos no dia 23, e dois dias depois precisou ser entubado. Diante da constante piora e após pegar uma infecção, Kauê foi transferido para um hospital em São Paulo no dia 4 de julho para fazer a terapia ECMO.

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Para realizar a transferência, a família teve que realizar um pagamento imediato de mais de R$ 190 mil. Foram R$ 90 mil para alugar o aparelho, R$ 100 mil para a contratação de uma equipe especializada, além dos custos com a UTI móvel. Para conseguir o dinheiro inicial, a família entrou no cheque especial, pediu empréstimos e ajuda de amigos próximos. O tratamento custará cerca de R$ 240 mil.

Alessandra lamenta que a terapia ECMO não seja acessível para todos. "Eu fico muito mais triste por saber quantas pessoas morreram sem nem ter tido a oportunidade de usar a ECMO. Ela não é a cura, mas ajudaria muita gente que morreu porque o pulmão não conseguiu cicatrizar. É absurdo que não esteja acessível para as pessoas. Os convênios e a saúde pública deviam arcar com isso".

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Nesta quarta-feira (14), Kauê passou por uma traqueostomia e uma broncoscopia. "Todos os procedimentos que ele tem feito, apesar de doer em mim como mãe, tudo é para o melhor dele".

VAQUINHA VIRTUAL.

"Eu e minha nora decidimos começar uma vaquinha, mas, inicialmente, era para a família. Fizemos uma publicação nas redes sociais e vimos que outras pessoas queriam ajudar, por isso criamos uma vaquinha virtual", comenta Alessandra.

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Quem puder contribuir, pode fazer a doação pelo site www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-tratamento-com-ecmo ou através do PIX 263.366.678.71 (CPF). No perfil do Instagram @salvemkauejanak, a família compartilha mais informações.

Em um momento tão difícil, a mãe agradece o apoio de todos que estão ajudando. "Não esperava essa repercussão, foi uma surpresa. Me mostrou que ainda tem gente boa no mundo, que a humanidade ainda tem jeito". Alessandra reitera que qualquer ajuda é bem vinda "Estamos em uma pandemia, todo mundo sem dinheiro, mas qualquer valor, seja R$ 1 ou R$ 5, já ajuda", finaliza.

ECMO.

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Capaz de funcionar como um pulmão e um coração artificiais para pacientes que estão com os órgãos comprometidos, a ECMO é um equipamento de alta complexidade

A terapia é realizada em casos graves, nos quais o paciente sofre comprometimento severo pulmonar ou circulatório, que poderiam levar à morte.

O equipamento drena o sangue para fora do paciente através de cateteres, faz sua oxigenação com o auxílio de uma membrana e o devolve para o paciente.

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