Cotidiano
Para alcançar esse resultado, a cidade registrou 21 microgramas de material particulado (MP) por metro cúbico, número quase cinco vezes maior do que o recomendado pela OMS
Xapuri, no estado do Acre, tem seus principais pontos turísticos ligados à história, como a Revolução Acriana e o legado de Chico Mendes / Divulgação/PMX
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Quando o assunto é poluição, logo se pensa em grandes cidades ou em municípios cuja presença de indústrias é o pilar da economia, não é verdade?
No entanto, o primeiro lugar nesse ranking não pertence nem a Cubatão — cidade conhecida justamente pela atividade industrial — e muito menos a São Paulo.
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Estamos falando de Xapuri, município localizado próximo ao limite territorial do Brasil com a Bolívia, país vizinho.
Para alcançar esse resultado, a cidade acreana registrou 21 microgramas de material particulado (MP) por metro cúbico, número quase cinco vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Xapuri, no estado do Acre, tem seus principais pontos turísticos ligados à história, como a Revolução Acriana e o legado de Chico Mendes, defensor assíduo da natureza, assassinado em 1988.
Seu principal ponto de visita é justamente a casa onde o ativista morou, que atualmente funciona como museu voltado ao ecoturismo.
Além disso, sites especializados em turismo apontam a Igreja Matriz de São Sebastião como um importante patrimônio brasileiro.
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A cidade fica a 175 km de Rio Branco, capital acreana. Ás vezes, os problemas se tornam solução. Veja também que o Rio mais poluído do Brasil vira passeio turístico em cidade do interior de São Paulo
A pesquisa foi realizada pela IQAir Visual e é chamada oficialmente de World Air Quality 2023. A organização, com sede na Suíça, funciona como uma plataforma global que valida informações sobre qualidade do ar.
Ao todo, o levantamento computa e ranqueia 7.800 localidades em 134 países. A título de curiosidade, o Brasil ocupa a 83ª posição no ranking global.
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A iniciativa também listou as dez cidades do Brasil com maior índice de poluição do ar. Além de Xapuri, o pódio conta com Osasco (SP) e Manaus (AM).
Confira a relação completa:
Xapuri (Acre) – 21 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
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Osasco (São Paulo) – 19,4 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
Manaus (Amazonas) – 16,8 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
Camaçari (Bahia) – 16,2 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
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Guarulhos (São Paulo) – 16 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
São Caetano do Sul (São Paulo) – 15,9 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
Rio Claro (São Paulo) – 15,5 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
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Cubatão (São Paulo) – 15,4 μg/m³ (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS)
Acrelândia (Acre) – 15 μg/m³ (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS)
Campinas (São Paulo) – 15 μg/m³ (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS)
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Ainda segundo a pesquisa, o pior país nesse tipo de problema é Bangladesh, seguido por Paquistão e Índia. Nesses locais, o nível de poluição do ar chega a ser até dez vezes pior do que o recomendado pela OMS.
É justamente na Índia que está a pior metrópole do mundo nesse quesito. Com índice de MP 2,5, Begusarai leva essa indigesta alcunha.
No cenário europeu, a Bósnia apresentou o pior índice, ocupando a 27ª posição no ranking global. Já nas Américas, o Canadá foi o país com pior desempenho na América do Norte.
De todos os países verificados, apenas Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia conseguiram cumprir todas as exigências e orientações da OMS.