Cotidiano

Jararaca graúda muito perigosa regurgita rato e é devolvida à natureza; VÍDEO

O autor da soltura acredita que ela possa ter entre um metro e cinquenta e um metro e sessenta centímetros

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 09/06/2025 às 19:35

Atualizado em 09/06/2025 às 19:36

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A Jararaca (Bothrops jararaca) é uma das serpentes mais comuns do sudeste do Brasil / Márcio Ribeiro/DL

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Uma Jararaca (Bothrops jararaca) foi encontrada passeando no quintal da casa do Monitor Ambiental, Dico Biguá, assustando todos os moradores. Na ocasião, ela foi capturada e solta em uma área de mata, bem longe das casas das pessoas.

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No vídeo, dá para ver que o animal é grande e que ele regurgita um rato. Quando sai do balde, rasteja com relevante rapidez para o interior da floresta.

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O autor da soltura acredita que ela possa ter entre um metro e cinquenta e um metro e sessenta centímetros, mais ou menos, e, mesmo com experiência nas matas da região, disse que se assustou com a aparição do bicho:

“No primeiro momento, a sensação era de medo, porque é um bicho extremamente perigoso, mas tomei todos os cuidados e, depois que coloquei ela dentro do balde, dei uma boa acalmada. Foi prazeroso soltá-la na mata, porque não se deve matar um bicho desses”, disse Biguá.

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Veja o vídeo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

O que fazer ao encontrar uma Jararaca na trilha?

De acordo com o biólogo e especialista neste tipo de animal, Thiago Malpighi, da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Peruíbe, ao encontrar uma Jararaca em um ambiente natural, como trilhas e cachoeiras, o procedimento é manter uma distância segura (usualmente cerca de 1 m a 1,5 m) e deixar o animal seguir seu caminho.

É importante também informar o guia ou monitor responsável, caso haja algum presente.

O que fazer ao encontrar uma Jararaca em área urbana?

Ainda de acordo com o biólogo, se o encontro ocorrer em residências ou locais habitados, a recomendação é manter a distância segura, garantir que animais domésticos e outras pessoas não se aproximem, manter o animal em vista e acionar os órgãos locais competentes para a captura. Se possível, tire uma foto do animal, sempre de longe.

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E em caso de acidente?

Se ocorrer uma picada, a orientação é procurar a unidade de pronto atendimento mais próxima o quanto antes. O acidentado deve ser mantido calmo e hidratado, se possível. Não devem ser realizados procedimentos como torniquete, incisão, sucção ou qualquer outro, pois podem agravar a quadro.

Também não se deve administrar substâncias, bebidas alcoólicas, medicamentos ou qualquer outra coisa, conforme informações do biólogo especialista.

Sobre a Jararaca

De acordo com o portal do Butantan, a Jararaca (Bothrops jararaca) é uma das serpentes mais comuns do sudeste do Brasil, mas há várias espécies de jararacas (gênero Bothrops) espalhadas por todo o país. Ela pode ser encontrada da Bahia até o Rio Grande do Sul, associada à Mata Atlântica, e eventualmente em algumas regiões do Paraguai e da Argentina que fazem fronteira com o Brasil.

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As fêmeas da espécie são maiores que os machos, pois precisam de mais espaço para abrigar os embriões. A reprodução é vivípara, ou seja, ela desenvolve os embriões no útero e os filhotes já nascem "prontos", inclusive com veneno. A gestação dura, em média, de 4 a 6 meses, e o nascimento ocorre no verão.

Elas se alimentam principalmente de pequenos mamíferos, mas quando jovem ela costuma comer anfíbios, lagartos e lacraias. Por esse motivo, seu veneno muda de acordo com a idade: o dos juvenis têm maior ação anti-coagulante, mas na fase adulta a ação inflamatória no local é mais intensa.

Os principais sintomas da picada de uma jararaca adulta em humanos são dor e inchaço local, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento no ferimento. Também podem ocorrer sangramentos em mucosas, como nas gengivas e nariz. As complicações podem provocar infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal aguda.

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De acordo com o Ministério da Saúde, o grupo das jararacas é o maior causador de acidentes com cobras no país, o que representa 69,3% das picadas registradas no Brasil em 2022, e é responsável por mais de 72% dos casos no estado de São Paulo, de acordo com informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

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