O nome escolhido carrega um significado simbólico, inspirado na expressão latina "Dura lex, sed lex", que pode ser traduzida como "a lei é dura, mas deve ser cumprida / Reprodução/@Daria Becker
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Você provavelmente já esbarrou em um prato Duralex em algum momento da vida — seja na casa da avó, em almoços de domingo ou no armário da cozinha. O que antes era apenas uma louça comum, associada à rotina simples, hoje ganhou status de item raro e pode alcançar valores próximos de R$ 500 no mercado.
Fabricados em vidro temperado, os pratos Duralex sempre se destacaram pela resistência e longevidade. A marca surgiu na França, em 1945, pelas mãos da Saint-Gobain, que apresentou ao mundo uma nova tecnologia capaz de tornar o vidro muito mais durável.
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O nome escolhido carrega um significado simbólico, inspirado na expressão latina “Dura lex, sed lex”, que pode ser traduzida como “a lei é dura, mas deve ser cumprida”.
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A chegada ao Brasil aconteceu poucos anos depois, no início da década de 1950. Já nos anos 1980, a produção passou a ser nacional, consolidando a presença da marca nos lares brasileiros. Foi nesse período que os pratos se tornaram praticamente onipresentes, atravessando gerações sem perder a fama de quase indestrutíveis.
Entre todas as versões, a cor âmbar se destacou. Ela acabou se tornando um retrato da vida cotidiana da classe média, sempre associada à durabilidade e à praticidade. O tom amarelado, hoje tão característico, era sinônimo de funcionalidade e economia.
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Com o passar do tempo, porém, o valor dos pratos deixou de ser apenas afetivo. A linha âmbar, que não é mais produzida no Brasil há cerca de 13 anos, virou objeto de desejo entre colecionadores. Dependendo da conservação, da presença da embalagem original e do modelo, uma única peça pode atingir cifras elevadas.
A trajetória da Duralex no Brasil também teve seu declínio. O auge ocorreu nos anos 1980, quando a fábrica operada pela Santa Maria chegou a empregar cerca de 1.500 trabalhadores e produzir até 130 milhões de peças por ano.
Depois disso, a marca passou por diferentes administrações, até ser adquirida por um grupo americano, que alterou completamente sua estratégia comercial.
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Na França, o cenário não foi muito diferente. A partir dos anos 2000, a empresa enfrentou dificuldades financeiras e entrou em processos de recuperação judicial. Para preservar os postos de trabalho, a matriz acabou se transformando em uma cooperativa, encerrando um capítulo importante da história de uma marca que marcou gerações dentro e fora do Brasil.