Os números mais recentes apontam que a doença já se espalhou por todo território paulista / Divulgação
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A Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo apresentou levantamento sobre a progressão de casos do novo coronavírus pelo interior e litoral paulista, que aumentaram de maneira mais acelerada ao mesmo tempo em que caiu a taxa de isolamento social no Estado. Os dados foram coletados durante o mês de abril junto à Secretaria Estadual da Saúde e do Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP).
Segundo a análise, o vírus que estava restrito à Região Metropolitana de São Paulo até o meio de março, avançou pelo interior e litoral e, em menos de 45 dias, chegou a todas as regiões do Estado. Em 17 de março, apenas nove cidades da RMSP apresentavam casos e somente a capital registrava óbitos.
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Os números mais recentes apontam que a doença já se espalhou por todo território paulista, com casos confirmados em 332 municípios (51,5% dos 645 do Estado) e mortes registradas em 150 cidades. Destes 332 municípios com casos, 293 estão no interior/litoral (88%) e das 150 cidades com óbito, 114 são do interior/litoral (76%).
"O isolamento social é apontado por médicos e especialistas como o recurso mais eficaz para enfrentar o novo coronavírus. É fundamental que a taxa de isolamento siga crescente para que continuemos a ter sucesso na estratégia de combate à doença, principalmente neste momento de franca aceleração da curva de contágio", afirma Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do Estado.
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Apesar do número absoluto de infectados ainda se concentrar na RMSP, o contágio cresce proporcionalmente a um ritmo quatro vezes mais rápido no interior e litoral de São Paulo do que na Região Metropolitana. No período de 3 de abril a 1 de maio, o número de casos registrados cresceu 2.532% no interior (de 167 casos para 4.397), enquanto que na RMSP o crescimento foi de 625% (de 3.352 para 24.301).
De 15 a 30 de abril, as regiões do interior e litoral paulista que apresentaram maior aumento no número de casos foram Itapeva (1125% - de 4 para 49 casos), Registro (546% - de 13 para 84 casos) e Barretos (475% - de 12 para 69 casos).