04 de Outubro de 2024 • 05:36
Cotidiano
A ação representa um importante passo na campanha para recuperar uma vasta parte do território iraquiano na região norte do país, que é controlada pelos militantes
Apoiadas por combatentes aliados sunitas e xiitas, as forças de segurança do Iraque começaram nesta segunda-feira uma grande operação militar para retomar Tikrit, a cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein, atualmente controlada pelo grupo Estado Islâmico, informou a televisão local. A ação representa um importante passo na campanha para recuperar uma vasta parte do território iraquiano na região norte do país, que é controlada pelos militantes.
Mas após horas do início da operação - um importante teste para o Exército iraquiano - as Forças Armadas informaram que ainda não haviam entrado na cidade de Tikrit, o que indica que uma longa batalha ainda estava por vir.
Tikrit, capital da província de Salauhddin, a 130 quilômetros ao norte de Bagdá, caiu nas mãos do Estado Islâmico no verão passado (no hemisfério norte), juntamente com a segunda maior cidade do país, Mossul e outra áreas no coração sunita do país, após o colapso das forças de segurança nacionais. Tikrit é uma das maiores cidades tomadas pelo estado Islâmico e fica no caminho para Mosul.
Até agora, as forças de segurança não conseguiram retomar Tikrit mas a situação tem mudado desde que soldados, apoiados por ataques aéreos realizados pelo coalizão liderada pelos Estados Unidos, recuperaram a refinaria de Beiji, que fica nas proximidades da cidade, em novembro. Qualquer operação para a recuperação de Mosul exige que o Iraque retome Tikrit primeiro, em razão de sua localização estratégica para reforços militares.
Autoridades militares norte-americanas disseram que uma missão militar coordenada para recuperar Mosul deve terá início em abril ou maio e vai envolver até 25 mil tropas iraquianas, mas advertiram que se o Iraque não estiver pronto, a data pode ser postergada.
Tentativas anteriores de recuperar Tikrit fracassaram e as autoridades iraquianas dizem que não estabeleceram uma data para lançar uma grande operação para retomar Mosul, embora pesados confrontos entre forças do Estado Islâmico e forças curdas aconteçam nas proximidades da cidade.
A emissora de televisão Al-Iraqiya informou que as forças estavam atacando Tikrit de diferentes direções, apoiadas por artilharia e ataques aéreos de jatos iraquianos. Segundo a emissora, os militantes foram expulsos de algumas posições fora da cidade, mas horas após o início da operação, não havia detalhes sobre o confronto.
O comandante militar da região de Salahuddin, general Abdul-Wahab al-Saadi, disse à televisão estatal que as operações estavam "indo como planejado" e que combates aconteciam nas proximidades do lado leste de Tikrit.
"Até este momento, não entramos na cidade", disse Al-Saadi. "Se Deus quiser, vamos entrar, mas precisamos de algum tempo, como planejamos", disse ele, acrescentando que não há prazo para as operações.
Tikrit é um importante teste para o atual governo iraquiano, liderado por xiitas, que tenta reafirmar sua autoridade no país.
O país é dividido entre a minoria sunita, que formava uma importante base de apoio a Saddam, e a maioria xiita. Desde a queda de Saddam, em 2003, a minoria sunita sente-se cada vez mais marginalizada pelo governo xiita de Bagdá. Em 2006, as tensões resultaram em forte violência sectária que deixou milhares de mortos.
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