Cotidiano

Instituto lança plataforma de saneamento natural para a Baixada

Sistema de tratamento de água e esgoto compreende mecanismos menos agressivos, com uso racional das águas

Carlos Ratton

Publicado em 05/09/2022 às 07:00

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A ideia é não permitir a mistura entre a fração tóxica oriunda de banheiros à de alimentos / Nair Bueno/ DL

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O Instituto Maramar, uma organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP), lançou, essa semana, uma plataforma para promover o saneamento natural nos nove municípios da Baixada
Santista.

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O Maramar atua na gestão participativa há 15 anos na região, visando proteger os recursos naturais comuns, além de buscar soluções de governança e implementar modelos de gestão responsável, de modo a melhorar a qualidade de vida dos bairros e preservar os ambientes naturais.

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O sistema de tratamento de água e esgoto compreende mecanismos naturais e menos agressivos, com uso racional das águas, não permitindo a mistura entre a fração tóxica oriunda de banheiros e lavatórios e daquela de lavagem do quintal e de alimentos.

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Com um total de 14 indicadores, que juntos possuem a capacidade de apontar o grau de atendimento de serviços básicos, tais como fornecimento de água, tratamento de esgoto, drenagem e coleta de resíduos sólidos, em áreas não urbanizadas, a plataforma poderá ser adotada pelos gestores regionais, com auxílio da
comunidade.

Abrangendo os municípios de Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, a Plataforma SANEA busca atualizar a realidade de saneamento básico dos bairros com a participação das organizações e lideranças locais.

PRÁTICAS SAUDÁVEIS

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A perspectiva dessa forma de saneamento passa pela adoção de práticas mais responsáveis de uso e disposição das águas, incentivando o uso de produtos biodegradáveis para limpeza em sistemas isolados e coletivos de tratamento de esgoto.

De acordo com Fabrício Gandini, coordenador da pesquisa, "a verdade é que o saneamento de base natural tem enorme potencial educativo, ajuda a criar renda nos bairros, já que os serviços são realizados e geridos pelas próprias associações locais, incluindo ainda medição de água e volumes de escoamento através de tecnologia digital. Há quem diga que isso é muito avançado, mas a verdade é que estamos há pelo menos 25 anos atrás quando comparado com alguns estados irmãos do nordeste brasileiro".

Com esse trabalho organizado e monitorado pela Plataforma a todo momento, com o apoio dos bairros, de pesquisadores e dos próprios municípios, a realidade de cada local poderá ser conhecida e sobretudo enfrentada através de projetos executivos de engenharia que de fato solucionem aspectos centrais, como acesso a água potável e tratamento de esgoto em quase uma centena de bairros dos nove municípios da Baixada Santista.

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O trabalho vem sendo realizado desde antes da pandemia de COVID 19, sendo especialmente importante nessa época diante da necessidade óbvia de água limpa e potável. "Um ranking aponta os avanços que estamos alcançando em cada bairro de cada um dos nove municípios. O trabalho está em constante atualização e contamos com as lideranças dos bairros para dinamizar os trabalhos e o apoio das prefeituras costeiras que são, em verdade, as titulares do saneamento básico, como dispõe o próprio marco regulatório", completa.

Para entender melhor a plataforma, o Instituto Maramar coloca à disposição os indicadores de saneamento elencados diretamente pelo (https://www.maramar.org.br/saneamento/), com textos e áudios explicativos.

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