Essas áreas são classificadas como insubstituíveis porque abrigam espécies únicas, muitas delas ameaçadas de extinção, que não sobrevivem em nenhum outro lugar do planeta / Divulgação/Semil
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A crise de queimadas em São Paulo ganhou contornos ainda mais preocupantes nesta semana. Um incêndio em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, já destruiu mais de 250 mil m² de vegetação em área de preservação localizada na Serra da Mantiqueira - região considerada pela comunidade científica internacional como uma das oito áreas mais insubstituíveis do planeta em biodiversidade.
Vale lembrar que no começo do ano, mais de 30 cidades de São Paulo receberam alerta de risco para queimadas.
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Essas áreas são classificadas como insubstituíveis porque abrigam espécies únicas, muitas delas ameaçadas de extinção, que não sobrevivem em nenhum outro lugar do planeta. Qualquer perda nesse território representa não apenas um impacto regional, mas também um retrocesso global para a preservação ambiental.
Especialistas alertam que a destruição compromete serviços ecossistêmicos fundamentais, como a regulação climática, a preservação de nascentes e a manutenção do equilíbrio da fauna e flora da Mantiqueira.
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Segundo a Defesa Civil, metade do estado de São Paulo já está em situação de emergência por causa do risco de queimadas. Até sexta-feira (19), a previsão é que 80% do território paulista entre em nível máximo de alerta.
Nos primeiros 15 dias de setembro, o número de focos de incêndio no estado já superou o registrado em todo o mês de agosto, mostrando que esta deve ser a semana mais crítica do inverno.
Um gabinete de crise foi montado pela Defesa Civil em São Paulo para coordenar as respostas. As ações contam com aeronaves da Polícia Militar e aviões contratados com capacidade para transportar até 2 mil litros de água por voo.
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Ainda assim, 98% dos incêndios são provocados por ação humana, segundo a Defesa Civil. Entre as principais causas estão a queima de lixo, o uso de fogo para limpeza de terrenos, a soltura de balões e o descarte inadequado de bitucas de cigarro.
A população pode denunciar responsáveis por queimadas e práticas ilegais pelos números 190 (Polícia Militar) e 181 (Disque-Denúncia). Autoridades reforçam que a colaboração da sociedade é essencial para proteger um dos patrimônios ambientais mais preciosos do planeta.