Cotidiano

Ilhas do litoral paulista abrigam bactérias que podem revolucionar o controle de doenças

Estudo aponta uso de células vivas e metabólitos como alternativas aos fungicidas químicos.

Nathalia Alves

Publicado em 10/10/2025 às 20:38

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Ilhas do litoral paulista abrigam bactérias que podem revolucionar o controle de doenças / Zejúlio / Wikimédia Commons

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Pesquisadores da USP identificam bactérias com potencial para combater pragas em cultivos de soja nas Ilhas de Alcatrazes e Palmas, no litoral de São Paulo. No estudo, foram utilizados compostos sintetizados pelos microrganismos no controle de diversas doenças.

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O trabalho ocorre em um contexto de crescimento acelerado do mercado de bioinsumos agrícolas no Brasil, que nos últimos cinco anos apresentou expansão superior a 10% ao ano. “A demanda por produtos biológicos, especialmente para grandes culturas como a soja, tem estimulado empresas e produtores a buscar soluções inovadoras para integrar ao manejo fitossanitário”, afirma o engenheiro agrônomo Juan Lopes Teixeira.

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Os pesquisadores realizaram a triagem de 20 cepas de Streptomyces spp. isoladas nas ilhas de Alcatrazes e Palmas, com potencial para controlar importantes doenças da soja, como mancha-alvo, podridão seca da haste e da vagem, podridão de carvão da raiz e mancha púrpura da semente.

Quatro cepas de bactérias do gênero Streptomyces spp foram testadas como fungicidas de primeira geração, e uma na elaboração de produto de terceira geração; resultados in vitro indicaram níveis de controle acima de 88% em cultivos cercados - Foto: Divulgação Esalq
Quatro cepas de bactérias do gênero Streptomyces spp foram testadas como fungicidas de primeira geração, e uma na elaboração de produto de terceira geração; resultados in vitro indicaram níveis de controle acima de 88% em cultivos cercados - Foto: Divulgação Esalq
Os resultados indicam potencial para uma agricultura mais sustentável, contribuindo para reduzir a resistência de patógenos a fungicidas químicos. O estudo contou com financiamento da Fapesp e bolsa de mestrado da Capes. - Foto: Divulgação Esalq
Os resultados indicam potencial para uma agricultura mais sustentável, contribuindo para reduzir a resistência de patógenos a fungicidas químicos. O estudo contou com financiamento da Fapesp e bolsa de mestrado da Capes. - Foto: Divulgação Esalq
O estudo destacou duas inovações: a utilização de células vivas de Streptomyces em produtos biológicos de primeira geração e o uso de metabólitos secundários desses microrganismos em produtos de terceira geração, ambos com eficácia promissora - Foto: Divulgação Esalq
O estudo destacou duas inovações: a utilização de células vivas de Streptomyces em produtos biológicos de primeira geração e o uso de metabólitos secundários desses microrganismos em produtos de terceira geração, ambos com eficácia promissora - Foto: Divulgação Esalq
O trabalho ocorre em um contexto de crescimento acelerado do mercado de bioinsumos agrícolas no Brasil, que nos últimos cinco anos apresentou expansão superior a 10% ao ano - Foto: Divulgação Esalq
O trabalho ocorre em um contexto de crescimento acelerado do mercado de bioinsumos agrícolas no Brasil, que nos últimos cinco anos apresentou expansão superior a 10% ao ano - Foto: Divulgação Esalq

O estudo destacou duas inovações: a utilização de células vivas de Streptomyces em produtos biológicos de primeira geração e o uso de metabólitos secundários desses microrganismos em produtos de terceira geração, ambos com eficácia promissora.

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Quatro cepas avançaram para o desenvolvimento de fungicidas de primeira geração, e uma cepa foi destinada a produtos de terceira geração, apresentando controle de doenças acima de 53% em cultivos paralelos, 88% em cultivos cercados e mais de 84% com os metabólitos.

Os resultados indicam potencial para uma agricultura mais sustentável, contribuindo para reduzir a resistência de patógenos a fungicidas químicos. O estudo contou com financiamento da Fapesp e bolsa de mestrado da Capes.

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