Cotidiano

'Ilha da Morte': paraíso marcado por assassinatos brutais e enigmas sem resposta

A ilha carrega uma reputação obscura: ao longo da última década, episódios de mortes misteriosas e desaparecimentos de turistas marcaram a região

Ana Clara Durazzo

Publicado em 15/09/2025 às 11:20

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Apesar da má fama, Koh Tao continua a atrair milhares de visitantes todos os anos / Reprodução/Youtube Viciada em Viajar

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Conhecida como um dos destinos mais procurados para mergulho no Golfo da Tailândia, a ilha de Koh Tao reúne cenários paradisíacos, vida marinha diversificada e uma vibrante cena turística. O nome significa 'Ilha da Tartaruga' e o lugar é um ponto de encontro para viajantes que buscam cursos de mergulho, praias tranquilas e festas animadas.

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Mas, ao lado da imagem de paraíso tropical, Koh Tao carrega uma reputação obscura: ao longo da última década, episódios de mortes misteriosas e desaparecimentos de turistas renderam à ilha o apelido de 'Ilha da Morte'.

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Casos que marcaram a reputação

O caso mais notório ocorreu em 2014, quando os britânicos Hannah Witheridge e David Miller foram assassinados na Praia de Sairee. Dois imigrantes birmaneses foram condenados à morte pelo crime, mas a investigação foi alvo de críticas internacionais pela condução da polícia local.

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Outros episódios reforçaram a aura sombria da ilha:

Em 2017, a belga Elise Dallemange foi encontrada morta em circunstâncias suspeitas, tratadas como suicídio pela polícia.

Casos de turistas encontrados enforcados em hotéis ou mortos em piscinas geraram desconfiança sobre encobrimentos.

Em 2021, um casal de indianos foi encontrado morto em uma piscina de hotel em Koh Tao.

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A repetição de casos com jovens estrangeiros como vítimas levantou questionamentos sobre falhas nas investigações, com familiares e especialistas acusando a polícia de agir de forma superficial ou mesmo de proteger interesses da indústria do turismo.

Entre o medo e o fascínio

Apesar da má fama, Koh Tao continua a atrair milhares de visitantes todos os anos. Seus 21 km² são ocupados por uma comunidade de expatriados, instrutores de mergulho e nômades digitais. Para muitos, o clima é seguro e acolhedor, e os números mostram que, diante do grande fluxo de turistas, os casos ainda representam uma parcela pequena.

Residentes e viajantes relatam que é possível circular tranquilamente, inclusive à noite. Ainda assim, a sombra das tragédias mantém viva a dualidade de Koh Tao: um paraíso turístico marcado por histórias de mistério, medo e investigação inconclusa.

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Beleza e dilema

O contraste entre as águas cristalinas e os corais vibrantes com o apelido de “Ilha da Morte” ilustra o dilema vivido pelo destino: enquanto segue como referência mundial no turismo de mergulho, precisa lidar com a repercussão internacional de casos mal explicados.

Para especialistas e familiares de vítimas, apenas investigações transparentes poderiam devolver confiança total ao destino e evitar que Koh Tao continue dividida entre sua face paradisíaca e seu lado sombrio.

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