Cotidiano
O reservatório de água do bairro Aparecida foi reconhecido, em decisão que reconhece sua relevância histórica, arquitetônica, tecnológica e paisagística
A obra fez parte do sistema que levava água do Rio Pilões, em Cubatão, até o reservatório do Morro da Penha, garantindo pressão e regularidade no abastecimento / Divulgação/PMS
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Mais um marco da arquitetura urbana de Santos passa a integrar oficialmente a lista de bens protegidos da Cidade. O reservatório de água do bairro Aparecida, construído em 1938, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), em decisão que reconhece sua relevância histórica, arquitetônica, tecnológica e paisagística.
Com o tombamento, torna-se mais fácil captar recursos para restauração e conservação, garantindo a preservação desse ícone que integra a memória coletiva santista.
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Localizada na Avenida Pedro Lessa, 1728, a caixa d’água foi construída pela Companhia City para atender à crescente demanda da Zona Leste, que à época vivia sua primeira expansão no entorno da chamada Vila Santista — região que hoje corresponde a bairros como Macuco, Embaré, Aparecida, Estuário e Ponta da Praia.
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Sua estrutura em concreto armado impressiona até hoje: um reservatório elevado sustentado por 12 pilares externos e uma torre central de acesso.
A obra fez parte do sistema que levava água do Rio Pilões, em Cubatão, até o reservatório do Morro da Penha, garantindo pressão e regularidade no abastecimento, especialmente em períodos de estiagem.
O Condepasa definiu o tombamento integral da torre, protegendo volumetria, estrutura e equipamentos originais remanescentes, como encanamentos, válvulas, maquinário, passarelas e escadarias.
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Quanto ao pavimento térreo não original, hoje ocupado pela policlínica do bairro, ficou assegurada a manutenção da volumetria e do recuo frontal, preservando a visibilidade do reservatório. Já a área voltada para a Rua Comendador Alfaia Rodrigues, onde funciona a Vila Criativa Sênior, recebeu parâmetros de livre projeto, desde que valorizem o bem tombado e contemplem áreas verdes para mitigar o impacto visual.
Com a inclusão da caixa d’água da Aparecida, Santos soma agora 60 bens tombados — individuais ou em conjunto — no Livro do Tombo. A lista abrange desde prédios históricos e espaços de lazer até elementos naturais que ajudam a compor a identidade da cidade.
Intervenções em imóveis protegidos — como reformas, ampliações, restaurações ou mudanças de fachada — só podem ser realizadas mediante autorização prévia, garantindo que a história e a memória urbana de Santos sigam preservadas para as futuras gerações.
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