Hiram Baroli é o novo diretor-geral do grupo GMG Brasil, união entre os jornais Diário do Litoral e Gazeta de S.Paulo / Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
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Os jornais Diário do Litoral e Gazeta se unem e a partir de agora integram o Gazeta Media Group Brasil (GMG).
Com mais de 35 anos de experiência em publicidade e propaganda, o jornalista de formação Hiram Baroli chega para transformar o GMG em um dos líderes do mercado da comunicação nos próximos cinco anos.
“O público e o mercado veem o Diário e a Gazeta como duas publicações distintas. Queremos mostrar que somos um só”, destacou.
A novidade foi feita durante o podcast Direto da Gazeta. Nesta entrevista, Baroli explica as mudanças que serão implementadas nos próximos meses e anos.
Baroli construiu uma trajetória sólida e respeitada no mercado de comunicação, marketing e liderança. Atuou por mais de três décadas na Folha de S.Paulo, onde liderou projetos importantes e de impacto nacional.
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É ainda autor do livro “Loucura, não. Coragem!”, uma publicação de marketing a partir de conceitos aplicados na carreira e história do empresário Nelson Wilians. Além disso, é professor convidado da pós-graduação e MBA da FGV desde 2008.
É conselheiro também do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), além de ter sido coordenador da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), onde comandou o comitê de mercado anunciante, que cuida da publicidade de jornais pelo País.
Foi nesta função que se aproximou da diretoria do Diário, líder em publicidade legal do País.
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Entre as novas medidas adotadas, está uma nova sede para a redação no edifício na avenida Luís Carlos Berrini, na zona sul da cidade, com vista para a Ponte Estaiada.
No novo espaço haverá um estúdio para transmitir a TV GMG, com atrações voltadas para lideranças da publicidade e um elenco de colunistas qualificados em vários setores.
“A ideia é nos reposicionarmos como um dos quatro maiores grupos jornalísticos do Brasil. Vamos contar essa história a partir de agora”.
Hoje, os jornalistas atuam em uma redação que fica em Moema, também na zona sul, e em Santos. O grupo mantém também duas gráficas próprias. A redação em Moema permanecerá atuante. “Não é uma transferência, é uma expansão”, contou.
O objetivo, segundo Baroli, é que a nova sede seja um local para receber pessoas e a redação reflita o crescimento e a expansão do grupo. “Tive outros convites, mas essa expansão do grupo me cativou a vir para cá. O espaço da Berrini está sendo todo reformulado, com uma arquitetura própria. Será nossa principal unidade”, antecipou.
Ele também disse que o espaço será importante para receber parceiros de fora, seja do mercado publicitário, das artes e/ou da comunicação.
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“Escrevi o livro ‘Loucura, não. Coragem’, sobre a trajetória de Nélson Wilians. Para muitos pode parecer loucura sair da Folha e vir para o Diário. Mas ao chegar em uma empresa líder, a sua obrigação é manter a empresa na liderança. É fazer o mínimo desejado. Chegar a uma empresa que não é líder e a levar à liderança, que é a intenção, aí faz a diferença. E é nisso que vamos trabalhar”, contou.
Inicialmente, ele iria dar apenas uma consultoria para a empresa. “Mas conforme fui trabalhando, fazendo reuniões com a diretoria, entendendo onde estava, fui me animando”, contou.
Segundo Baroli, quando saiu da Folha, há cerca de três meses, a intenção era ir para o UOL, Globo ou Estadão. Ele viu os números do Diário e resolveu fazer a mudança audaciosa.
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“Quando você olha de fora das grandes empresas, parece gigante. Quando entra, porém, você vê que não é tão grande assim. Já o Diário e a Gazeta de fora parecem menores do que são. Quando comecei a ver os números, a audiência no digital, me surpreenderam. Não é tão distante da Folha”, destacou.
“No estado de São Paulo somos o segundo jornal em audiência. No Brasil, estamos em terceiro. Em um curto espaço de tempo vamos fazer um barulho”.
Os números do Diário e da Gazeta são verificados pelo Instituto Verificador de Comunicação (IVC).
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Com a intenção de aumentar a influência nacional e a relação comercial, o grupo terá representantes em todas as regiões do País. Haverá, também, seja em parcerias, seja nas coberturas, participações em grandes eventos nacionais.
Segundo Baroli, falta ao Diário “estourar uma bolha”, o que deve ocorrer já nos próximos meses.
“Trata-se de um jornal plural, com diversas editorias. Até então, a gestão da empresa focou na publicidade legal, e é líder na publicidade legal, o que atrai um público qualificado. Só que o jornal é menos conhecido fora disso, e precisa ser conhecido por todos. É essa bolha que vamos furar”.
Uma das ideias é de trazer lideranças do mercado para a redação do Diário, com nomes como Luiz Lara, presidente do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário; Nelcina Tropardi é presidente da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA); Sérgio Pompilio, presidente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e Marcos Braga, CEO do Marcos Braga, idealizador, sócio e CEO do Amigos do Mercado.
Outra proposta é a de criar o programa “Arquitetos da Comunicação” na TV GMG.
Outra mudança que já está em andamento é a chegada de novos colunistas para o Diário. Os nomes estão sendo anunciados gradualmente, sempre por meio de uma entrevista ao Direto da Gazeta.
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O primeiro foi o humorista e músico Marcelo Marrom, que, de forma bem-humorada e sarcástica, comenta os principais assuntos da semana. O deputado federal Celso Russomanno também assinará uma coluna sobre defesa do consumidor.
Além deles, o Diário já fechou com nomes como Gilson Rodrigues, CEO da G10 Bank Participações; Geovana Quadros, fundadora do movimento Mulheres Inspiradoras e; Geovana Borges, vice-presidente de relações corporativas da Central Única das Favelas (Cufa).