Cotidiano

Harvard aponta alimentos que aumentam risco de doença neurodegenerativa

Uma nova pesquisa acende o alerta para mais um possível impacto negativo dos alimentos ultraprocessados: o aumento do risco de desenvolver Parkinson

Ana Clara Durazzo

Publicado em 29/07/2025 às 11:30

Atualizado em 29/07/2025 às 14:52

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Entre os produtos mais associados ao aumento do risco estão as bebidas açucaradas, produtos de panificação industrial, snacks salgados embalados, molhos industrializados / Freepik

Continua depois da publicidade

Uma alimentação rica em vegetais frescos, com baixo teor de sal, livre de açúcares refinados e baseada em gorduras saudáveis continua sendo a principal recomendação para manter a saúde e o bem-estar em dia. Agora, uma nova pesquisa publicada na revista Neurology, conduzida por cientistas da Universidade de Harvard, acende o alerta para mais um possível impacto negativo dos alimentos ultraprocessados: o aumento do risco de desenvolver Parkinson.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O estudo acompanhou os hábitos alimentares de mais de 42 mil pessoas ao longo de 26 anos. Os resultados mostraram que aqueles que consumiam, em média, 11 porções diárias de alimentos ultraprocessados tinham 2,5 vezes mais chances de apresentar pelo menos três sintomas precoces da doença, em comparação aos que ingeriam até três porções por dia.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Alerta da OMS revela quais são os alimentos proibidos para menores de 2 anos

• Consumo de ovos afeta os rins e requer atenção em casos de doença renal, segundo pesquisas

Conheça também alimento que não estraga e pode ser usado para curar doenças

Sintomas podem surgir décadas antes do diagnóstico

Entre os sinais que podem anteceder o diagnóstico do Parkinson estão tremores leves, constipação crônica, alterações do sono, dores musculares, rigidez, perda do olfato, depressão e mudanças na voz ou na expressão facial. Segundo os pesquisadores, esses sintomas podem aparecer décadas antes do diagnóstico oficial  e os hábitos alimentares podem ter um papel decisivo nesse processo.

Continua depois da publicidade

Embora o estudo não comprove uma relação de causa e efeito entre o consumo de ultraprocessados e o surgimento do Parkinson, os autores destacam que esses alimentos, por conterem grandes quantidades de açúcares adicionados, gorduras saturadas, aditivos e conservantes, podem acelerar processos neurodegenerativos já em curso.

Alimentos mais associados ao risco

Entre os produtos mais associados ao aumento do risco estão as bebidas açucaradas, produtos de panificação industrial, snacks salgados embalados, molhos industrializados com aditivos e produtos lácteos com adição de açúcar.

A pesquisa também classificou os alimentos por categorias, de acordo com o grau de impacto que podem ter sobre o organismo e o potencial de contribuir para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

Continua depois da publicidade

Recomendações dos especialistas

Com base nos resultados, os cientistas de Harvard reforçam a importância de reduzir o consumo de ultraprocessados e adotar uma alimentação baseada em produtos frescos e naturais. A recomendação vale não apenas para prevenir doenças metabólicas como obesidade e diabetes, mas também para preservar a saúde mental e neurológica.

A pesquisa soma-se a um crescente conjunto de evidências que relacionam a alimentação moderna ao aumento de doenças crônicas e reforça a urgência de políticas públicas e conscientização sobre os riscos dos alimentos ultraprocessados.
 

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software