Cotidiano
Nada de jejum ou dietas malucas: veja o que realmente funciona (e o que atrapalha) para desinchar e retomar o bem-estar após a ceia, segundo orientações do nutricionista
A boa notícia é que o caminho de volta ao equilíbrio é simples / Freepik
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No dia seguinte, a balança parece mais cruel, o corpo mais pesado e a culpa, implacável. Mas será que precisa ser assim?
Segundo o nutricionista Bruno Costa, especialista em emagrecimento e nutrição esportiva infantil, inclusive no universo do futebol, o segredo não está em se punir, e sim em cuidar do corpo com leveza e inteligência. “Comida em datas festivas tem um valor emocional muito forte. É memória afetiva, é família reunida. Exagerar é compreensível — o que não funciona é tentar corrigir isso com atitudes extremas”, explica Bruno.
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A principal armadilha do dia seguinte à ceia é tentar compensar tudo de uma vez só. Jejuns longos, dietas radicais, uso de laxantes ou treinos intensos não ajudam e, segundo o nutricionista, fazem o corpo entrar em estresse. Quem tenta “pagar a conta” do Natal com estratégias extremas pode enfrentar cansaço, compulsão e até problemas intestinais. Bruno reforça que o exagero de um dia não se corrige com outro exagero.
A boa notícia é que o caminho de volta ao equilíbrio é simples. A hidratação deve ser o primeiro passo, seja com água, água de coco, isotônicos ou chás leves. Também não é necessário cortar tudo: basta retomar a alimentação normal, priorizando refeições leves e balanceadas.
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Apostar em alimentos ricos em água e fibras, como melancia, abacaxi, pepino, folhas verdes, peixes e temperos como cúrcuma e gengibre, ajuda na digestão e combate a retenção de líquidos. “Detox real não vem de sucos mágicos. Ele acontece quando o fígado, os rins e o intestino funcionam bem — e isso se consegue com comida de verdade, hidratação e sono de qualidade”, aponta o nutricionista.
O emocional também conta. O exagero alimentar costuma gerar culpa, sentimento que pode fortalecer um ciclo de descontrole. Para Bruno, é apenas um dia no ano, e o problema é quando isso vira punição. Comer com prazer faz parte, e voltar à rotina com gentileza é muito mais eficaz do que tentar compensar com sofrimento.
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Para o dia 26 de dezembro, ele recomenda aumentar a ingestão de água, incluir alimentos diuréticos como abacaxi, pepino e melancia, evitar álcool e ultraprocessados por pelo menos 24 horas, fazer uma caminhada leve de 20 a 30 minutos e retornar à alimentação habitual sem restrições radicais.
E, se ainda restar aquela sensação de “estraguei tudo”, a orientação final é simples: a constância vale mais do que a culpa. Um único dia não define seu corpo nem sua saúde; o que transforma, de fato, é o cuidado contínuo e leve.