"O enigma do 'fogo do céu' reacende o medo e a curiosidade sobre 2026." / ImageFX
Continua depois da publicidade
À medida que 2025 se aproxima do fim, o interesse pelas profecias de Nostradamus volta a ganhar força. Escritos há quase 500 anos, seus versos enigmáticos continuam a ser reinterpretados à luz de acontecimentos contemporâneos especialmente em um momento de tensões geopolíticas, incertezas climáticas e avanço acelerado da tecnologia.
Os quartetos publicados em Les Prophéties (1555) sugerem cenários que muitos intérpretes relacionam diretamente ao mundo atual: guerras de grandes proporções, crises ambientais, declínio do poder ocidental e até possíveis eventos astronômicos inesperados.
Continua depois da publicidade
Em um dos versos mais citados, Nostradamus escreveu:
'Quando Marte reger o seu caminho entre as estrelas, o sangue humano salpicará o santuário. Três fogos surgirão do Oriente, enquanto o Ocidente perderá a sua luz em silêncio.'
Especialistas costumam interpretar 'Marte' como símbolo de guerra, e os 'três fogos do Oriente' como a ascensão de potências asiáticas. A referência ao 'Ocidente que perde sua luz' é vista como um possível enfraquecimento da influência ocidental.
Continua depois da publicidade
A leitura ganha força diante do cenário real:
tensões no Estreito de Taiwan;
guerra prolongada na Ucrânia;
Continua depois da publicidade
aumento de atritos entre a OTAN e a Rússia.
Instituições como o Atlantic Council e a RAND Corporation estimam um risco de 30% de um conflito global até 2026 números que fazem muitos relacionarem o momento às visões de Nostradamus.
Outro verso atribuído ao profeta diz:
'Através de longas guerras todo o exército será exaurido, e não haverá dinheiro para os soldados.'
Continua depois da publicidade
A mensagem é interpretada como reflexo de conflitos prolongados que drenam recursos e desgastam nações um cenário que lembra a atual escassez militar e financeira em zonas de guerra.
Na Ucrânia, por exemplo, a redução de financiamento nos EUA pressiona aliados europeus, dificultando a manutenção dos esforços de combate.
Nostradamus também menciona uma "grande pestilência do passado" que retornaria e se mostraria mais mortal que as guerras. Para alguns intérpretes, isso pode representar:
Continua depois da publicidade
reemergência de doenças erradicadas;
novas pandemias;
ou uma crise sanitária associada a conflitos e migrações.
Continua depois da publicidade
A previsão coincide com preocupações atuais sobre surtos de doenças tropicais, resistência antimicrobiana e novos vírus zoonóticos.
Em um trecho intrigante, o profeta menciona:
'O jardim do mundo [...] será forçado a beber águas envenenadas por enxofre.'
Especialistas sugerem que o 'jardim do mundo' seria a Amazônia, e a metáfora aludiria aos impactos da poluição, queimadas e mudanças climáticas na região hoje considerada uma das áreas mais vulneráveis do planeta.
Continua depois da publicidade
Outro verso evoca um 'líder misterioso' capaz de formar um 'império aquático'. Alguns estudiosos interpretam como o fortalecimento de alianças geopolíticas centradas em regiões marítimas estratégicas, como:
Oceano Índico;
Pacífico Sul;
Continua depois da publicidade
ou corredores navais disputados por grandes potências.
A seguir, interpretações modernas de quadras que têm circulado entre estudiosos e curiosos:
'As máquinas falarão com os homens, e os homens deixarão de ouvir seus próprios pensamentos.'
A leitura mais contemporânea relaciona o verso ao avanço vertiginoso da IA, levantando debates sobre:
autonomia humana,
manipulação de dados,
fronteiras éticas da tecnologia.
'Do céu virá o grande fogo, e a terra queimará novamente.'
Interpretada como alerta para:
ondas de calor extremas;
queimadas massivas;
impactos crescentes do aquecimento global.
'O leão jovem vencerá o velho em campo de guerra.'
Alguns veem metáfora para o surgimento de novos líderes jovens desafiando estruturas políticas tradicionais.
'Um novo sábio será ouvido no leste, trazendo luz e confusão.'
Interpretações apontam para o fortalecimento de movimentos espirituais, terapias alternativas e busca de significado além das religiões tradicionais.
'Grandes navios enfrentarão ventos contrários; a costa será tomada em sangue.'
Estudiosos relacionam à tensão crescente em regiões marítimas estratégicas, como o Mar do Sul da China e áreas instáveis do Oriente Médio.
'Na noite sem lua, um novo corpo surgirá.'
Pode aludir a:
cometas;
meteoros;
eclipses raros;
ou descobertas astronômicas inesperadas.
Apesar das interpretações intrigantes, estudiosos lembram que as profecias de Nostradamus são altamente simbólicas, escritas em linguagem poética e ambígua por isso, sujeitas a múltiplas leituras.
ansiedades coletivas;
tensões históricas;
e expectativas humanas diante do desconhecido.
Ainda assim, sua obra permanece influente justamente por dialogar com temas que continuam atuais: guerras, tecnologia, clima, política e espiritualidade.
Interpretar Nostradamus é, em grande parte, interpretar a si mesmo. Mas uma coisa é certa: o mundo caminha para um período de decisões importantes e as profecias, reais ou simbólicas, reforçam o sentimento global de que estamos diante de mudanças profundas.
Como escreveu o próprio Nostradamus:
'O futuro se constrói não nas estrelas, mas no coração dos homens.'