Cotidiano

Guarujá sob risco: avanço do mar pode apagar bairros e praias famosas; veja relação

A Climate Central criou mapa interativo com o impacto de diversos fenômenos naturais, com destaque para a elevação do nível do mar

Ana Clara Durazzo

Publicado em 05/07/2025 às 06:16

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Pontos turísticos como a Praia do Sorocotuba, a Piscina Natural e o Mirante da Ponta da Santa também devem sofrer degradação / Divulgação/PMG

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Os moradores das faixas litorâneas do mundo estão preocupados com o avanço do mar e a região da Baixada Santista já percebe os sinais desse problema.

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Por causa disso, a organização Climate Central criou um mapa interativo que mostra o impacto de diversos fenômenos naturais, com destaque para a elevação do nível do mar nas próximas décadas.

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De acordo com o professor do Instituto Oceanográfico da USP, Eduardo Siegle, a elevação do nível do mar acontece de forma ampla, ou seja, todo o litoral será afetado. 

Algumas regiões, em função de variações locais no aporte de sedimentos, por exemplo, podem sentir esses efeitos de forma diferente e os estudos apontam alguns lugares para chamar atenção apesar de todo o litoral sofrer com o agravamento dessa questão. 

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Vale destacar que o modelo matemático parte do pressuposto de que os níveis de poluição permanecerão os mesmos dos dias atuais. Caso esse índice aumente, a velocidade com que o mar avançaria sobre o litoral paulista seria ainda maior e com efeitos ainda mais devastadores.

Para entender a gravidade da situação, o Diário do Litoral analisou os dados específicos sobre a cidade de Guarujá.

Caso a quantidade de poluição continue nesta linha, em 2030, Guarujá terá impactos na região de Vicente de Carvalho, especialmente nos bairros Jardim Progresso e Jardim Cunhambebe, além de áreas portuárias e trechos próximos ao Canal de Bertioga.

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Pontos turísticos como a Praia do Sorocotuba, a Piscina Natural e o Mirante da Ponta da Santa também devem sofrer forte degradação.

O avanço do mar também ameaça apagar partes de Cubatão do mapa, segundo o estudo.

O quadro piora consideravelmente em 2150. As regiões dos bairros Jardim Cunhambebe, Jardim Progresso, Jardim Enguaguassu e Vila Áurea estarão completamente tomadas. A área portuária será invadida até alcançar o Jardim das Palmas e as proximidades da estrada Santa Cruz dos Navegantes.

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Além disso, bairros como Vila Selma, Vila Zilda e o Conjunto Habitacional Parque da Montanha serão totalmente comprometidos.

A faixa litorânea também será amplamente afetada, incluindo a Praia do Perequê, o Cantinho do Pescador, a Praia Tijucopava, São Pedro, Praia das Conchas, Praia do Pinheiro e Iporanga, além do Mirante da Ponta da Santa, que será bastante atingido.

Caso a quantidade de poluição piore consideravelmente, em 2030 as áreas litorâneas e pontos turísticos serão totalmente invadidos. A Praia do Guaiúba, a Praia das Astúrias, o Mirante da Península, o Cemitério das Pedras de Sorocotuba, a Praia do Mar Casado, a região da Praia de Pernambuco e o Mirante da Ponta da Santa estão entre os locais que sofrerão os primeiros impactos.

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A região de Vicente de Carvalho, especialmente a área próxima ao Rio Agari, será uma das mais atingidas, com previsão de invasão inclusive no píer de pesca.

Até 2150, os danos serão ainda maiores: a área portuária da cidade estará completamente submersa, e o Rio Agari transbordará, avançando inclusive sobre trechos da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.

A zona costeira próxima ao Canal de Bertioga também será tomada. Apesar disso, a maioria das praias deve sofrer apenas impactos um pouco menores, em comparação com outras regiões.

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