18 de Março de 2024 • 23:51
A população de pombos em Guarujá e na Baixada Santista será tema de encontro / Divulgação/PMG
A população de pombos em Guarujá e na Baixada Santista será tema de encontro realizado pela Prefeitura, que acontece no próximo dia 29 (sexta-feira), no auditório da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Afpesp), que fica na Avenida General Rondon, 643 – Astúrias. O evento ocorrerá das 14 às 17 horas e terá a presença do prefeito de Guarujá, Válter Suman, além de convidados.
A iniciativa é da Secretaria de Saúde, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente. Haverá palestra do médico veterinário e professor universitário, Eduardo Filetti. Ele abordará a questão do manejo dos pombos e as doenças que esses animais causam, entre outros aspectos. O presidente da empresa Loremi (de saneamento ambiental), Maurício Marques, também participará do encontro. Em sua palestra, o químico falará sobre as barreiras e a forma de manter estas aves afastadas do convívio humano destacando os principais hábitos da espécie.
O encontro é voltado aos agentes do controle de endemias, comunitários de saúde (ACS), sendo dois representantes de cada unidade básica (UBS) e de saúde da família (Usafa), além das equipes de vigilância epidemiológica, sanitária e de zoonoses. De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da Prefeitura, Marco Antonio Chagas da Conceição, o objetivo do encontro é discutir o manejo de pombos e a sua proliferação e como minimizar os problemas gerados.
"Juntos, queremos de alguma forma, traçar um plano para que essas aves não se multipliquem ainda mais. Nossa equipe de combate à dengue, por exemplo, já iniciou trabalho de orientação com ambulantes e quiosqueiros sobre alimentação para pombos", conta ele sobre a ideia de torná-los parceiros e multiplicadores de informação. "Contamos com eles nesta ação, pois eles também sofrem com isso", ressaltou.
A preocupação da Prefeitura de Guarujá acerca da importância em debater o assunto, ocorre devido às duas mortes registradas neste ano na Baixada Santista, por criptococose, conhecida como doença do pombo, que é infecciosa, sendo causada pela aspiração do fungo Cryptococcus, presente nas fezes de aves, principalmente pombos.
Geralmente, os pombos fazem seus ninhos em telhados, forros, caixas de ar condicionado, torres de igrejas e marquises. Alimentar esses animais faz com que eles se viciem e retornem sempre onde foram alimentados, sem contar que a disponibilidade de comida faz com que a fêmea fique mais disposta a procriar.
A sua proliferação é hoje um problema de saúde pública, pois gera várias doenças graves podendo deixar sequelas e até levar à morte. Além disso, a Prefeitura mantém fiscalizações e vistorias pós-reclamações de munícipes nos bairros da Cidade, conforme cronograma semanal. A Unidade de Vigilância em Zoonoses fica na Avenida Adriano Dias dos Santos, 303, no Jardim Boa Esperança. O horário de funcionamento é das 8 às 17 horas. Telefone: 3355 6300.
Principais doenças causadas pelo pombo:
Criptococose
Histoplasmose
Salmonelose
Ornitose
Dermatites
Alergias
Quais cuidados devemos ter com os pombos:
- nunca alimentá-los (lei municipal de 2018)
- umedecer as fezes dos pombos com desinfetante antes de varrê-las
- utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca, ao fazer a limpeza do local onde estão as fezes;
- vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros;
- colocar telas em varandas, janelas e caixas de ar condicionado;
- não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos, como ração de cães e gatos;
- utilizar grampos em beirais para evitar que os pombos pousem;
- retirar ninhos e ovos;
- acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados
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