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Cotidiano

Guarujá concentrará pacientes em estado grave pelo coronavírus

Isso se deve ao fato de o Hospital Emílio Ribas ser referência no Brasil. Ele receberá pacientes de toda a Baixada Santista

LG Rodrigues

Publicado em 28/02/2020 às 12:38

Atualizado em 28/02/2020 às 12:46

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Reunião foi realizada nesta sexta-feira (28) / LG Rodrigues/DL

O Hospital Emílio Ribas, em Guarujá, foi um dos selecionados pela Secretaria de Saúde do Estado e pelo Ministério da Saúde, para receber pacientes que tenham contraído o coronavírus e estejam em estado grave. De acordo com as autoridades, isso se deve ao fato de a unidade de saúde ser referência no Brasil na realização de exames diagnósticos de doenças transmitidas por vírus respiratórios. O hospital receberá pacientes de toda a Baixada Santista.

Nesta sexta-feira (28), estiveram reunidos representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Hospital Santo Amaro (HSA), Hospital Willian Rocha, Instituto Emílio Ribas Guarujá, Unidades Básicas (UBS) e de Saúde da Família (Usafas), Organização-Social Pró-Vida, Laboratório Itapema, hospitais particulares da Cidade, entre outras autoridades de hospitais privados e também do setor portuário. 

As autoridades discutiram um plano estratégico e formaram um gabinete de crise focado em trocar informações para agilizar as ações de maneira a conter um eventual avanço do coronavírus.

"O objetivo de reunir todas essas autoridades é nos unir e comunicar imediatamente sobre casos do cornavirus. Felizmente não temos casos ainda, mas estaremos preparados. Teremos uma sala de situação para reunir condutas e orientações concentrados em um único local. Nossa missão é identificar os casos que precisem do devido encaminhamento. A maior arma que temos nessa luta é a comunicação", afirma o prefeito Válter Suman.

Além do Hospital Emilio Ribas, a Secretaria do Estado de Saúde escolheu o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, para atender casos de gestantes que possam ter contraído o coronavírus e as autoridades ainda analisam a possibilidade do local atender crianças. 

"Além do Emilio Ribas, outro hospital que é referência é o Guilherme Álvaro, que receberá as gestantes. As crianças ainda estamos em tratativas. O HGA tem expertise para receber as gestantes em risco. Estamos sempre em contato com as vigilâncias e secretarias de outras cidades. Temos já um grupo formado para manter a comunicação durante todo o tempo para interver o mais rapidamente possível", explica Janice da Silva Santos, diretora do grupo de vigilância epidemiológica.

Completam a lista de unidades de saúde referencia do Estado o Hospital das Clínicas de São Paulo e Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital. Já no interior ficam a cargo os HCs de Ribeirão Preto (USP) e Campinas (Unicamp) e o Hospital de Base de São José do Rio Preto.

"Nosso hospital, antes do ministério liberar o protocolo de atendimento, já tinha preparado um documento prévio com treinamento de toda a equipe. Mais de 90% dos nossos funcionários já foram treinados e o Emilio Ribas já está preparado. É um cenário ppreocupante, mas não será algo diferente do que enfrentamos com o influenza", diz o médico Gustavo Pasquarelli, diretor técnico do Emilio Ribas.

Apesar da preocupação com o alastramento do vírus e o primeiro caso confirmado da doença no Brasil, ele explica que a taxa de mortalidade do coronavírus é baixa e apenas uma parcela mínima da população deverá apresentar sintomas graves.

"De 2% a 3% dos pacientes realmente precisam ser internados devido à doença. Estamos como referência da Baixada Santista é podemos dizer que os casos em sua maioria esmagadora deverão ser de pacientes leves e que não precisam de internação. Mas a minoria que precisar o Emilio Ribas será capaz de atender. O paciente que for internado irá para nossa UTI em um ambiente cujo ar do quarto não sairá devido à pressão. Tudo para isolar o paciente. A ideia é que se minimize a entrada de pessoas nestes locais", conclui.

Além da recomendação das autoridades presentes ao encontro de que se deve manter uma etiqueta respiratória e lavar as mãos constantemente, devido ao contato diário com as outras pessoas, os trabalhadores do Porto também são orientados a utilizar máscaras sempre que subirem em navios que possam ter passado por países com risco de contaminação.

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