Profissionais destacam a necessidade do serviço psicológico ser adotado na corporação / Divulgação/PMS
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Em recente programa ao vivo pelo facebook, youtube e instagram do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest), o guarda municipal José Ferreira destacou a necessidade do serviço psicológico ser adotado na corporação.
Para exemplificar, ele recordou quando um guarda metropolitano matou a tiros, na Prefeitura de Osasco (SP), o secretário-adjunto de segurança municipal, em janeiro deste ano.
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“Poucos atentaram que o crime poderia ter sido evitado. Para chegar a esse ponto, o profissional estava sem a mínima estabilidade emocional e a tragédia deveria ter sido detectada por uma boa assistência psicossocial à corporação”, afirmou Ferreira, enfatizando que ninguém previu seu estado de perturbação interior.
Junto com o presidente da entidade, Fábio Pimentel, e o também guarda e diretor Mauro Souza, os funcionários públicos falaram por uma hora sobre problemas e reivindicações do segmento de segurança.
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“O guarda sai de casa e não sabe se volta. Portamos armas de grosso calibre e não mais nos deparamos, como no passado, com pessoas de baixo risco”, alertou o guarda.
“Hoje não sabemos se vamos encontrar um delinquente disposto a nos dar um tiro”, explicou o sindicalista. “E o elemento não vai perguntar se o guarda está armado ou não”, completou Pimentel.
Os três reivindicam reunião com o prefeito Rogério Santos (Republicanos), com os secretários de governo, Fábio Ferraz, e de segurança, tenente-coronel Flávio de Brito Júnior.
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Fábio, Ferreira e Souza querem apresentar às autoridades outras duas necessidades, além do atendimento psicossocial: aumento da remuneração especial de trabalho e novo código de conduta.
A correção do ganho especial, atualmente de 30% para a maioria e de 50% para quem porta arma, segundo eles, precisa passar para 100% a todos e incorporado à aposentadoria.
A justificativa é a mesma para a implantação do atendimento psicossocial, ou seja, as peculiares condições de trabalho dos profissionais de segurança municipal.
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Sobre a extinção do atual regime disciplinar e a criação de novo código de conduta, os sindicalistas disseram que a Guarda precisa ser desmilitarizada e modernizada.
A abordagem da desmilitarização foi do diretor de Comunicação do Sindicato, Daniel Gomes, em uma de suas rápidas intervenções na ‘live’. Segundo ele, a medida visa melhorar a corporação.
Souza, por sua vez, avaliou que o regimento disciplinar “é restritivo e punitivo, quando deveria ser corretivo”. Fábio concordou: “O guarda não tem sequer o direito de se defender”.
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