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Cotidiano

Grupo abre loja de olho em 2ª onda de Covid-19 em Santos

Empreendedores dizem já se preparar para possível fechamento

LG Rodrigues

Publicado em 02/11/2020 às 11:02

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Estabelecimento em Santos é dividido entre cafeteria e loja; parceria tem dado certo para que ambos empreendimentos sigam firmes. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Um grupo de empreendedores está sendo um dos primeiros a começar uma jornada de novos estabelecimentos que passam a integrar o novo cenário comercial de Santos com a esperança de um fim próximo da pandemia com a possível chegada da vacina em 2021. Mas apesar da empolgação com a abertura da cafeteria/loja, eles confessam: já estão se preparando para um possível fechamento caso a segunda onda de Covid-19 atinja a Baixada.

A trajetória de Raposa Nerd e Geek Baristas Coffee poderia ser como outra qualquer de um grupo de pessoas que tem o sonho de possuir seu próprio empreendimento e batalha para conseguir erguer a tão sonhada primeira unidade. Mas nesse meio tempo e entre adiamentos e decisões fica impossível de esquecer uma grande diferença na trajetória: a primeira grande pandemia em mais de 100 anos e que fez com que toda a população precisasse mudar.

"A loja física sempre foi um sonho nosso, tanto meu quanto da minha esposa. Tivemos uma, mas precisamos fechar há uns três, quatro anos e desde então bolamos novas estratégias para retomá-la em uma nova e melhor oportunidade, não é o caso atualmente, óbvio, mas a situação nos forçou a pensar e entrar no mercado dessa forma e o online nos ajudou bastante a determinar o que nosso público quer e precisa. Nós tivemos que trocar até algumas coisas porque começamos a trabalhar com produtos mais baratos, presentes mais simples e fizemos um mapa de vendas para conseguir montar nossa loja. Estamos bem felizes", explica Emerson Rodrigo.

O empresário, entretanto, destaca que o momento difícil, tanto no setor econômico quanto no setor social levou todos a repensar as estratégias para se poder aproveitar as lacunas deixadas no comércio caiçara. A solução foi se aliar a outros empreendedores para dividir os gastos e tentar maximizar o alcance das marcas.

"No caso da nossa loja nós tivemos uma grande parceira que pode possibilitar que a gente conseguisse lançar, sair no mercado, que foi a parceria com o Geek Baristas. A gente já fazia algumas parcerias online, sempre 100% focados no virtual e aí conseguimos montar, estilizar, um ambiente para que nossa loja e nosso café trabalhassem em conjunto. Talvez se tivéssemos abertos em uma loja de rua, uma galeria, ou em um shopping e tivéssemos que estilizar ela, dar cara, acabaria custando um valor que demoraríamos muito para recuperar o investimento porque o movimento ainda não é normal".

Mesmo sendo integrantes de um grupo grande de empreendedores que começa a repovoar os estabelecimentos comerciais em Santos e região que foram forçados a fechar durante a pandemia do novo coronavírus, Emerson e sua esposa Jade afirmam que de agora em diante, quem tem seu negócio próprio precisa estar preparado para qualquer coisa.

"Abrir um comércio não é nada fácil e é extremamente desafiador, o fato da pandemia estar aí só complica tudo ainda mais porque não podemos fazer estratégias a longo prazo. Eu e minha esposa, por exemplo, a gente já está bolando novas estratégias e vendo o que podemos fazer no online talvez por conta de uma segunda onda. Que já está chegando em alguns países da Europa".

Ao notar que a chegada da pandemia forçou muitas pessoas a ficarem em casa, Emerson e a esposa passaram a estudar as tendências de momento e ambos investiram em produtos relacionados a filmes, games, séries e animações que foram mais consumidos durante o isolamento social. Tudo para estar pronto para atender não só o público que já cliente, mas também o novo consumidor que descobriu novas paixões enquanto estava em casa se resguardando. Apesar disso, eles ainda acreditam que unir forças ainda é a melhor maneira fazer um comércio sobreviver.

"O comerciante que tinha que ficar ligado em novas tendências agora tem que ficar ligado em dobro. Acho que o coletivo gastronômico e de outros segmentos que estão chegando agora na Cidade são boa estratégia para as pessoas criarem seus negócios de forma mais coletiva e com divisão de custos porque é difícil conseguir montar algo se seu produto não é essencial ou não tem algum diferencial muito grande".

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