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Cotidiano

Greve geral: ‘Vamos invadir Brasília’, dizem sindicalistas

Manifestações contra reformas trabalhista e previdenciária vão prosseguir agora na Capital Federal

Francisco Aloise

Publicado em 28/04/2017 às 20:24

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Centrais sindicais encerraram a greve geral com ato público na Praça Mauá, em frente ao Paço Municipal / Rodrigo Montaldi/DL

Em discurso uníssono, sindicalistas das nove centrais sindicais, que promoveram hoje (28) a greve geral e as manifestações  na Baixada Santista, alegam que a luta mesmo será agora em Brasília.

“Vamos mobilizar os trabalhadores e invadir Brasília” foi o tom do discurso durante o ato público que encerrou a greve geral, realizado na Praça Mauá, no centro de Santos.

A greve geral na região foi deflagrada contra as reformas trabalhista e previdenciária pretendidas pelo Governo e que se encontram no Congresso Nacional, sendo que a reforma trabalhista foi julgada e aprovada nesta semana, na Câmara, e agora segue para o Senado.

Já a reforma previdenciária, vai ser votada na Comissão Especial da Câmara no próximo dia 3 e depois segue para apreciação do plenário em data ainda não ­definida.

Sindicalistas lamentaram também a repressão policial contra manifestantes que deixou trabalhadores feridos, entre eles o presidente do Sintraport, Claudiomiro Machado, Miro. As prisões para averiguações de estivadores também foi lamentada e despertou reação imediata dos manifestantes, que saíram da Praça Mauá em passeata até a sede do 1º Distrito Policial, solicitar a liberdade dos detidos.

Dia atípico

Resultado da paralisação foi o de um dia atípico na Baixada Santista, com paralisações de ônibus, do Porto, bloqueio de estradas e acessos entre Santos e São Vicente, fechamento do comércio e interrupção da coleta de lixo na região.

O movimento sindical, ainda na tarde de hoje, fez um balanço das greve e vai enviar seu repúdio pela ação da polícia militar, além de outras providências.

‘Recado ao Governo foi  dado’, diz diretor da Força  sindical

“O recado ao Governo foi dado, agora temos que manter pressão e mobilização no Senado, que vai votar a reforma trabalhista já aprovada na Câmara, e depois na própria Câmara quando houver a votação da reforma previdenciária”, disse Herbert Passos Filho, presidente do Sindicato dos Químicos e diretor da Força Sindical na Baixada Santista.

Ao lado do deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, que participou do ato em Santos, Passos informou que com apoio da Força Sindical, começará, já na próxima semana, organizar e mobilizar os trabalhadores para seguirem em caravanas para a Capital Federal. “­Vamos aguardar a data do julgamento da reforma ­trabalhista no plenário do Senado e acionar esse esquema”, informou.

Ele disse que a greve geral na Baixada Santista foi positiva e que os objetivos foram alcançados. “Mas não podemos nos acomodar”, ­concluiu.

Metalúrgicos

Claudinei Gato, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Siderúrgicos de Santos, foi bastante aplaudido após um discurso bastante inflamado contra o Governo Federal e os parlamentares de Brasília.

“Temos cerca de 16 mil sindicatos no País e, com certeza, esses sindicatos junto com suas federações, confederações e centrais sindicais, vão se mobilizar para reverter essa situação. A hora é agora, não existe outro momento”, justificou o sindicalista ao Diário do Litoral.

Lamentou a truculência policial que ocorreu em vários locais da manifestação,  que diz ter sido  mais forte contra metalúrgicos, petroleiros, portuários e estivadores. “A polícia trata o trabalhador pior que o tratamento dado aos bandidos, mas na hora de somar forças em suas reivindicações, são os trabalhadores que ficam ao seu lado e lhe dão apoio. Isso tem que mudar e vamos tomar nossas providências”, alertou.

Valdir de Souza Pestana, presidente do Sindicato dos Rodoviários informou que só hoje cedo foi intimado da decisão da justiça, que impedia a paralisação total dos ônibus. “Chegamos num acordo e logo mais os ônibus vão circular pois a greve já surtiu seu efeito com a paralisação total da frota nesse início de manhã”, justificou.

Francisco Erivan, presidente do Sintrammar, que comandou uma passeata de sua categoria até o Centro, foi enfático em seu discurso: ”temos que esquecer as bandeiras das ideologias, a nossa única bandeira aqui e agora que temos é a do trabalhador”.

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