Cotidiano

Greve geral contra reformas pode parar Baixada Santista amanhã

Transporte promete parar e sindicalistas afirmam que irão bloquear as estradas e parar o Porto

Francisco Aloise

Publicado em 27/04/2017 às 08:00

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A greve vai afetar diversos setores com paralisações / Matheus Tagé/DL

A paralisação do transporte coletivo na região metropolitana de Santos será o carro-chefe para o sucesso da greve geral prevista para amanhã contra as reformas trabalhista e previdenciária. O esquema de paralisação foi definido ontem em reunião do movimento sindical da região, no Sindipetro.

A greve vai afetar diversos setores com paralisações de bancos, comércio, coleta de lixo, escolas, creches, indústrias. Trabalhadores terão dificuldades em chegar aos seus locais de trabalho, pois a greve no setor de transporte será total, conforme previsão dos organizadores da greve, que envolverá todas as centrais sindicais e mais movimentos sociais da região.

Sindicalistas pretendem fechar estradas, parar o comércio, os bancos, coleta de lixo, mas a força da greve está na paralisação do transporte coletivo, cujos motoristas decidiram aderir à greve “para dar um basta ao Governo e tentar brecar as reformas em andamento no Congresso Nacional”, disse Valdir de Souza Pestana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos de Santos e Região.

“O trabalhador não vai pagar por essa conta, pois o rombo no País não foi causado por ele. Por trás de tudo isso estão os desvios bilionários que vem sendo revelados diariamente nesses esquemas fraudulentos. Vamos mostrar a força de nossa mobilização”, explica Paulo Pimentel, PP, presidente do Sintrasaúde, o mais antigo sindicalista da Baixada Santista e também diretor da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).

Ele pede às diretorias de hospitais e clínicas para não punirem os trabalhadores que não comparecerem para trabalhar amanhã.

“Não haverá transporte coletivo e as estradas estarão bloqueadas e isso vai causar atrasos e muita gente não vai conseguir chegar aos seus locais de trabalho”, explica o sindicalista.  

Em relação aos hospitais, diz que o setor não pode parar o atendimento de urgências e emergências e nem parar atendimentos aos pacientes. “O justo não pode pagar pelo pecador”, conclui.

“Nós vamos parar a Baixada Santista” , diz Claudinei Gato, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Siderúrgicos de Santos, que integra a central sindical Intersindical. O sindicalista menciona que as reformas trabalhista e previdenciária são uma afronta ao trabalhador do País, pois vão tirar direitos históricos.

“É um absurdo o que esse Governo pretende fazer com o trabalhador, pois quer precarizar o trabalho permitindo que os patrões possam demitir trabalhadores sem necessidade de justificativa. A reforma trabalhista só é boa para os empresários pois para os trabalhadores significa mais tempo de trabalho, mais estresse, mais pressão, salário menor, mais acidentes de trabalho, entre outros”, justifica o dirigente sindical.

“Temos que mostrar a nossa força e nossa insatisfação contra essas reformas que vão destruir os direitos dos trabalhadores, demolir  a justiça do trabalho e acabar com a CLT. A hora é agora e por isso estamos mobilizados e vamos mostrar nossa força e união”, disse Herbert Passos Filho, presidente dos Químicos e diretor da Força Sindical na Baixada Santista.

“A mobilização vai dar seu recado ao Governo. Vejo os sindicalistas mobilizados em torno de um único objetivo. Como se diz na gíria estão com sangue nos olhos para evitar que essa reformas sigam adiante no Congresso Nacional”, diz Fábio Pimentel, presidente do Sindest e diretor da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).

Ele diz que o Governo tem que dialogar com a sociedade para se chegar a um consenso. Em vez disso, ele quer fazer mudanças usando farto material publicitário na mídia para iludir o povo brasileiro”, conclui.

Coleta de Lixo

Os trabalhadores na coleta de lixo de Santos também vão aderir à greve. A decisão foi tomada em assembleia da categoria. “É o momento de mostrarmos e mobilização. O Governo quer destruir o trabalhador e sua família, mas nós não vamos permitir isso e nossa arma é a greve com união e luta”, explica André Lima, presidente do Siemaco.

Movimentadores

Reunidos em assembleia ontem, trabalhadores ligados ao Sindicato na Movimentação de Mercadorias de Santos e Região (Sintrammar) decidiram por unanimidade aderir a greve geral que será realizada amanhã (28). Além da paralisação das atividades, a categoria também deliberou pela realização de uma passeata pelas principais vias públicas do Centro.A informação é do presidente do sindicato, Francisco Erivan.

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