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Cotidiano

Greve chega ao 8º dia; Sindserv deve pressionar vereadores

Funcionários públicos querem posicionamento da Câmara de Santos. Ontem, grupo protestou no Gonzaga

Publicado em 16/03/2017 às 10:00

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Servidores públicos de Santos que estão em greve se reuniram desde às 8 horas, na Praça das Bandeiras, no Gonzaga / Matheus Tagé/DL

A greve dos servidores municipais de Santos, coordenada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos ­(Sindserv). chega ao oitavo dia hoje. Os manifestantes protestam por conta da falta de reajuste salarial.

Os funcionários públicos devem se concentrar, a partir das 8 horas, na Praça Mauá, no Centro e realizar passeatas pelas ruas do bairro durante o dia. À noite, grupo se dirige até a Câmara Municipal para pressionar os vereadores. Eles exigem um posicionamento do Legislativo.

Ontem, quando a paralisação  completou uma semana, os servidores realizaram um ato na Praça das Bandeiras, no bairro do Gonzaga. Os funcionários públicos inciaram a concentração por volta das 8 horas e protestaram contra o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). “Prefeito a culpa é sua! A greve continua!”, falavam os manifestantes. A frase já se tornou famosa durante a semana de greve no município.

Depois, o grupo seguiu em passeata pela Avenida Ana Costa em protesto também contra as reformas trabalhista e da Previdência.

Balanço

Segundo dados da Prefeitura de Santos, a greve geral deflagrada ontem interferiu no transporte público pela manhã e o balanço da greve dos servidores sofreu modificação. A Administração informou que cerca de 65% dos servidores trabalharam normalmente, elevando o percentual de evasão em 5% em relação aos dias anteriores.

Na Educação, até as 11h de ontem, das 81 escolas existentes no Município, 62 foram apuradas pela Secretaria de Educação. A adesão à greve é de 76,5% nestas unidades na parte da manhã. De 1923 funcionários, 1471 não compareceram e apenas 60, dos 13.677 alunos esperados para o período foram à escola.  A rotina nas 56 escolas conveniadas, que atendem 8.500 ­estudantes, não foi alterada­.

Em relação a Assistência Social, todos os sete Centros de Referência de Assistência Social (CRAS)   foram abertos, porém com equipe reduzida. Assim como os outros serviços essenciais como Creas, Centro Pop, NAI e Casa Dia para idosos. Os Cecons, Centros de Convivência estiveram fechados. Os três restaurantes Bom Prato funcionaram normalmente. A adesão á greve na assistência social se manteve em torno de 70%.

Na área da Saúde, as 32 policlínicas, prontos-socorros, hospitais e unidades da atenção especializada estiveram abertas com quadro reduzido de funcionários. Com 38,5% de adesão de funcionários, em algumas policlínicas ocorre remarcação de consultas. A Saúde Mental contou com 60% dos funcionários trabalhando e nenhuma unidade foi fechada.

Pronto Socorro da Zona Leste, Zona Noroeste e Complexo Hospitalar da Zona Noroeste funcionaram normalmente, embora no Complexo a equipe de enfermagem esteve reduzida. O antigo PS Central, contou com 100% de presença de funcionários. As unidades de controle de doenças Infectocontagiosas e ambulatórios tiveram adesão reduzida.

Nos ambulatórios de especialidades Centro e Zona Noroeste o atendimento médico ocorreu, embora com dificuldade no  agendamento de consultas.   

Em Esportes, a greve não afetou o atendimento nos Centros Esportivos e Recreativos Rebouças e da Zona Noroeste e as unidades abriram normalmente. No M. Nascimento seis servidores pararam, mas sem prejudicar as atividades.

Já em Segurança, a Guarda Municipal continua atuando no reforço da segurança em pontos estratégicos da Cidade. Não há adesão à greve em todo o quadro da Secretaria  de Segurança de Santos.

Sindest requer mediação da Câmara

O Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest) entregou um ofício na última terça-feira (14) ao presidente da Câmara de Santos, Adilson Júnior (PTB), para que o Legislativo possa intermediar uma negociação com o Executivo quanto ao reajuste salarial e de benefícios do funcionalismo público.

Na visão do presidente do sindicato, Fábio Pimentel, se a Câmara aprovou o orçamento municipal, com a ressalva de um reajuste salarial de 4,5% na data-base dos servidores, nada mais lógico que os parlamentares agora zelem pelo estabelecido.

Pimentel explicou ao vereador que os servidores exigem um reajuste salarial no mínimo correspondente à inflação de um ano entre as datas-bases de 2016 e 2017, embora a reivindicação da categoria fale em 10% de aumento real acima do índice inflacionário.

O sindicalista também lembrou que a categoria recusou em assembleia a proposta da prefeitura de aplicar 5,35% no vale-refeição e na cesta-básica. E pediu que, caso o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) remeta projeto de lei nesse sentido à Câmara, ele seja recusado.

Adilson Júnior disse que a reivindicação da categoria é legítima e que tentará encaminhar o pleito ao Executivo. No entanto, o parlamentar citou a falta de caixa da Prefeitura como um dos problemas existentes.

“O grande feedback que nós temos é que, mesmo que o Sindest tenha uma proposta diferente, cai no mesmo problema que é a falta de caixa. A proposta deles é diferente, mas incide sobre aumento de salário. Claro que não impactante nesse momento, uma proposta de incorporação no final do ano. Estamos tentando ver se isso cabe num novo diálogo”.

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