25 de Abril de 2024 • 19:29
Servidores públicos de Santos que estão em greve se reuniram desde às 8 horas, na Praça das Bandeiras, no Gonzaga / Matheus Tagé/DL
A greve dos servidores municipais de Santos, coordenada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv). chega ao oitavo dia hoje. Os manifestantes protestam por conta da falta de reajuste salarial.
Os funcionários públicos devem se concentrar, a partir das 8 horas, na Praça Mauá, no Centro e realizar passeatas pelas ruas do bairro durante o dia. À noite, grupo se dirige até a Câmara Municipal para pressionar os vereadores. Eles exigem um posicionamento do Legislativo.
Ontem, quando a paralisação completou uma semana, os servidores realizaram um ato na Praça das Bandeiras, no bairro do Gonzaga. Os funcionários públicos inciaram a concentração por volta das 8 horas e protestaram contra o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB). “Prefeito a culpa é sua! A greve continua!”, falavam os manifestantes. A frase já se tornou famosa durante a semana de greve no município.
Depois, o grupo seguiu em passeata pela Avenida Ana Costa em protesto também contra as reformas trabalhista e da Previdência.
Balanço
Segundo dados da Prefeitura de Santos, a greve geral deflagrada ontem interferiu no transporte público pela manhã e o balanço da greve dos servidores sofreu modificação. A Administração informou que cerca de 65% dos servidores trabalharam normalmente, elevando o percentual de evasão em 5% em relação aos dias anteriores.
Na Educação, até as 11h de ontem, das 81 escolas existentes no Município, 62 foram apuradas pela Secretaria de Educação. A adesão à greve é de 76,5% nestas unidades na parte da manhã. De 1923 funcionários, 1471 não compareceram e apenas 60, dos 13.677 alunos esperados para o período foram à escola. A rotina nas 56 escolas conveniadas, que atendem 8.500 estudantes, não foi alterada.
Em relação a Assistência Social, todos os sete Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) foram abertos, porém com equipe reduzida. Assim como os outros serviços essenciais como Creas, Centro Pop, NAI e Casa Dia para idosos. Os Cecons, Centros de Convivência estiveram fechados. Os três restaurantes Bom Prato funcionaram normalmente. A adesão á greve na assistência social se manteve em torno de 70%.
Na área da Saúde, as 32 policlínicas, prontos-socorros, hospitais e unidades da atenção especializada estiveram abertas com quadro reduzido de funcionários. Com 38,5% de adesão de funcionários, em algumas policlínicas ocorre remarcação de consultas. A Saúde Mental contou com 60% dos funcionários trabalhando e nenhuma unidade foi fechada.
Pronto Socorro da Zona Leste, Zona Noroeste e Complexo Hospitalar da Zona Noroeste funcionaram normalmente, embora no Complexo a equipe de enfermagem esteve reduzida. O antigo PS Central, contou com 100% de presença de funcionários. As unidades de controle de doenças Infectocontagiosas e ambulatórios tiveram adesão reduzida.
Nos ambulatórios de especialidades Centro e Zona Noroeste o atendimento médico ocorreu, embora com dificuldade no agendamento de consultas.
Em Esportes, a greve não afetou o atendimento nos Centros Esportivos e Recreativos Rebouças e da Zona Noroeste e as unidades abriram normalmente. No M. Nascimento seis servidores pararam, mas sem prejudicar as atividades.
Já em Segurança, a Guarda Municipal continua atuando no reforço da segurança em pontos estratégicos da Cidade. Não há adesão à greve em todo o quadro da Secretaria de Segurança de Santos.
Sindest requer mediação da Câmara
O Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest) entregou um ofício na última terça-feira (14) ao presidente da Câmara de Santos, Adilson Júnior (PTB), para que o Legislativo possa intermediar uma negociação com o Executivo quanto ao reajuste salarial e de benefícios do funcionalismo público.
Na visão do presidente do sindicato, Fábio Pimentel, se a Câmara aprovou o orçamento municipal, com a ressalva de um reajuste salarial de 4,5% na data-base dos servidores, nada mais lógico que os parlamentares agora zelem pelo estabelecido.
Pimentel explicou ao vereador que os servidores exigem um reajuste salarial no mínimo correspondente à inflação de um ano entre as datas-bases de 2016 e 2017, embora a reivindicação da categoria fale em 10% de aumento real acima do índice inflacionário.
O sindicalista também lembrou que a categoria recusou em assembleia a proposta da prefeitura de aplicar 5,35% no vale-refeição e na cesta-básica. E pediu que, caso o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) remeta projeto de lei nesse sentido à Câmara, ele seja recusado.
Adilson Júnior disse que a reivindicação da categoria é legítima e que tentará encaminhar o pleito ao Executivo. No entanto, o parlamentar citou a falta de caixa da Prefeitura como um dos problemas existentes.
“O grande feedback que nós temos é que, mesmo que o Sindest tenha uma proposta diferente, cai no mesmo problema que é a falta de caixa. A proposta deles é diferente, mas incide sobre aumento de salário. Claro que não impactante nesse momento, uma proposta de incorporação no final do ano. Estamos tentando ver se isso cabe num novo diálogo”.
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