Cotidiano
O colapso começou nesta terça-feira (9) após motoristas reagirem ao atraso do 13º salário; as regiões do Tucuruvi e Tremembé vivem cenário crítico
Motoristas afirmam que não receberam o 13º salário / Zanone Fraissat/Agência Brasil
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A tarde chuvosa desta terça-feira (9) se transformou em um cenário de colapso para moradores da Zona Norte de São Paulo, região mais impactada pela greve-relâmpago deflagrada por motoristas e cobradores. Para piorar, o rodízio de veículos foi suspenso.
A paralisação teve início após empresas de ônibus comunicarem que não conseguiriam cumprir o prazo legal de pagamento do 13º salário e admitirem atrasos no vale-refeição, algo que levou os trabalhadores a recolherem os veículos para as garagens ainda no meio do expediente.
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Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano, não houve margem para negociação, pois a categoria rejeitou de imediato o pedido das viações para adiar o depósito.
O epicentro da greve é a garagem da Viação Sambaíba, no Tremembé, responsável por grande parte das linhas que atendem Mandaqui, Santana, Jaçanã, Parada Inglesa, Vila Luzitana, Horto Florestal e parte do Tucuruvi. A interrupção repentina esvaziou terminais, superlotou pontos de ônibus e forçou passageiros a buscar rotas alternativas ou caminhar por longas distâncias.
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O movimento ganhou força rapidamente com a adesão de outras empresas, ampliando o impacto para além da Zona Norte. Entre as viações paralisadas estão Mobi Brasil, Gatusa, Viação Grajaú e Metrópole Paulista.
No Terminal Tucuruvi, um dos principais entroncamentos entre ônibus e Metrô, o clima é de incerteza. Passageiros relatam que não há informação precisa sobre a previsão de retomada.
Com os coletivos recolhidos e sem previsão oficial para o retorno do serviço, a SPTrans orienta que moradores da região priorizem deslocamentos por Metrô e CPTM ou recorram a aplicativos de transporte. A autarquia informou que monitora a movimentação nas garagens e aguarda nova rodada de negociações entre empresas e sindicato.
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Até lá, a Zona Norte atravessa um dos fins de tarde mais caóticos do ano e ainda sem garantia de alívio nas próximas horas, caso o impasse trabalhista persista.