Cotidiano

Governo socorre Haddad com pacote de R$ 8,1 bilhões em obras do PAC em SP

A verba é mais que o dobro da capacidade de investimento anual da cidade, calculada em R$ 3 bilhões

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 31/07/2013 às 22:54

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

O governo federal saiu em socorro ao prefeito Fernando Haddad (PT) e anunciou nesta quarta um pacote de R$ 8,1 bilhões em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na capital paulista. A verba é mais que o dobro da capacidade de investimento anual da cidade, calculada em R$ 3 bilhões. O dinheiro equivale, ainda, a um terço do necessário para bancar o Plano de Metas da Prefeitura, estimado em R$ 24 bilhões.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O investimento - anunciado nesta quarta pela presidente Dilma Rousseff (PT) e que havia sido antecipado na segunda-feira, 29, pela coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy, publicada no jornal O Estado de S. Paulo - será aplicado em obras espalhadas por toda a cidade e ajudará a construir, entre outras coisas, 99 quilômetros de corredores de ônibus, um terminal rodoviário, 18,3 mil casas populares, 5 piscinões e 8 parques lineares. Na área da mobilidade, a ajuda de R$ 3,1 bilhões será responsável por cumprir 66% da meta de entregar 150 quilômetros de corredores de ônibus até 2016. Não à toa, Haddad classificou a visita de Dilma como "um dia histórico".

O prefeito lembrou que São Paulo produz 12% de toda a riqueza nacional e deve ser recompensada por isso. "Se quisermos manter nosso passo e nossa trilha em proveito do desenvolvimento humano, econômico e social (do Brasil), São Paulo tem de dar sua cota de contribuição e receber a sua cota de participação nos investimentos estaduais e federais."

Fernando Haddad lembrou que São Paulo produz 12% de toda a riqueza nacional e deve ser recompensada por isso (Foto: Divulgação)

Continua depois da publicidade

Ao apresentar o Plano de Metas na Câmara Municipal, em março, o prefeito afirmou que teria que dobrar para R$ 6 bilhões a capacidade de investimento anual do município. Pelo menos mais R$ 4 bilhões do PAC devem ser destinados, até o fim do mandato, para Saúde e Educação. A primeira parcela pode chegar ainda este ano - as somas, porém, não devem ser tão altas quanto as de ontem. Para abrir 172 novas creches, por exemplo, a Prefeitura espera cerca de R$ 200 milhões.

A presidente Dilma deu a entender que pretende direcionar mais recursos à capital paulista durante seu mandato. "Estamos colocando mais R$ 50 bilhões (em todo o Brasil com obras do PAC) É justo que a primeira cidade a receber os primeiros R$ 8 bilhões - e aí, Fernando (Haddad), estou de fato fazendo uma promessa, chamando de primeiros 8 - seja São Paulo. Porque aqui está concentrado o maior desafio do Brasil."

Mananciais

Continua depois da publicidade

Um conjunto de obras urbanísticas no entorno das represas Billings e Guarapiranga, na zona sul, vai consumir R$ 3,3 bilhões do PAC. Cerca de 15 mil famílias que vivem nas margens das represas deverão ser removidas para novas moradias, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Além disso, a Prefeitura quer fazer a contenção de áreas de risco, implementar sistema de esgoto e redes de abastecimento de água, construir escolas, postos de saúde e área de lazer. A região dos mananciais devem receber ainda cerca de R$ 240 milhões do governo do Estado. Outros R$ 290 milhões serão investidos pela própria Prefeitura para compra de terrenos e aluguel provisório. A União investirá R$ 1,4 bilhão em obras antienchente e 3,3 mil moradias.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software