Cotidiano

Governo de SP impede crise hídrica com plano de até 16h de restrição no abastecimento

Com represas em 28,7% da capacidade, o governo define faixas de restrição e prevê até rodízio de água em cenário extremo

Giovanna Camiotto

Publicado em 24/10/2025 às 16:44

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É o terceiro ano consecutivo com números abaixo da média no estado / Divulgação/Sabesp

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O governo paulista apresentou nesta sexta-feira (24) um plano de contingência para o abastecimento de água na Grande São Paulo, diante do risco de uma nova crise hídrica. O estado enfrenta o terceiro ano seguido de chuvas abaixo da média, e o nível das represas atingiu 28,7% da capacidade total, o menor desde 2015.

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O plano, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, em conjunto com o Comitê Estadual de Mudanças Climáticas, estabelece sete faixas de operação que determinam o grau de restrição a ser adotado conforme o nível dos reservatórios.

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As medidas incluem redução da pressão da água por até 16 horas, uso do volume morto e, em casos extremos, a implantação de rodízio no abastecimento.

Segundo o governo, as restrições só entram em vigor após sete dias consecutivos de permanência dos índices em uma mesma faixa. O relaxamento ocorre após 14 dias seguidos de melhora.

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Atualmente, a Grande São Paulo está na faixa 3, o que significa redução da pressão por 10 horas diárias. Em um cenário de agravamento, a faixa 6 prevê até 16 horas de contenção noturna, enquanto a faixa 7 acionaria o rodízio oficial, com alternância de bairros com e sem água.

Vai faltar água?

O diretor da Arsesp, Thiago Mesquita Nunes, explicou que o rodízio seria a “medida mais extrema”, mas não está em vigor neste momento. Ainda não está claro se será necessário.

"Ela difere bastante da redução de pressão que temos atualmente: no rodízio, setorizamos as áreas de abastecimento e definimos horários específicos de fornecimento de água para cada local, de acordo com a gravidade da situação em cada dia. Essa é a medida mais extrema e, felizmente, não é um cenário próximo do que vivemos hoje", explicou.

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Durante as restrições, o abastecimento será priorizado para serviços essenciais e famílias em situação de vulnerabilidade, como hospitais, escolas, abrigos e unidades de pronto atendimento.

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