Cotidiano

Governo anuncia R$ 3,4 bilhões para expansão do VLT e BRT no litoral paulista

O estudo prevê obras até 2054 para a ampliação e melhorias de deslocamento em Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá

Giovanna Camiotto

Publicado em 29/10/2025 às 20:00

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O VLT de Santos, que liga à cidade de São Vicente e segue em expansão / Reprodução/Governo de SP

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades divulgaram os resultados do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), que define novos corredores de transporte público nas principais regiões metropolitanas do país. 

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Na Baixada Santista, o levantamento projeta investimentos de aproximadamente R$ 3,4 bilhões até 2054 para ampliar a malha de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) e implantar um novo corredor de ônibus do tipo BRT, com o objetivo de modernizar a rede de mobilidade regional.

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O planejamento prevê a expansão de 25 quilômetros do VLT, incluindo a ligação entre os terminais Samaritá e Tatico, em São Vicente e Praia Grande, e a extensão entre Barreiros e Samaritá, reforçando a conexão metropolitana já existente. 

Também está prevista a implantação do VLT Santos–Guarujá, em sistema de média capacidade, e a criação de um corredor de BRT de 18 quilômetros entre a estação São Vicente (integrada ao VLT) e o Terminal Caiçara, em Praia Grande. Segundo o estudo, essas intervenções devem reduzir o tempo médio de deslocamento entre as cidades e gerar impacto econômico estimado em cerca de R$ 760 milhões.

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Em âmbito nacional, o ENMU definiu 187 projetos de transporte público estruturado nas 21 maiores regiões metropolitanas, com investimento global previsto de R$ 430 bilhões, sendo R$ 230 bilhões destinados ao metrô, R$ 31 bilhões a trens, até R$ 105 bilhões a VLTs, R$ 80 bilhões a corredores BRT e R$ 3,4 bilhões a corredores de ônibus.

Para a Baixada, o estudo aponta ainda benefícios ambientais e sociais, como redução de cerca de 150 mortes no trânsito até 2054 e diminuição de 39 mil toneladas anuais de emissão de dióxido de carbono, além de queda média de 6% no custo operacional por viagem.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o estudo representa um passo estratégico na reorganização dos sistemas de transporte coletivo do país. 

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“O BNDES contribui com a produção de uma política pública para a formulação de uma estratégia nacional de mobilidade urbana, de longo prazo e sustentável, unindo esforços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal”, declarou ele, acrescentando que “o objetivo é melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras, com um transporte mais eficaz, menos poluidor e mais seguro”.

O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou que os projetos vão ao encontro de compromissos climáticos e urbanos: “Os projetos selecionados mostram que o Brasil está buscando se adaptar às mudanças do clima, com ações que unem sustentabilidade, mobilidade e inclusão social. Investir em transporte coletivo limpo é investir nas cidades e nas pessoas, para que os centros urbanos se tornem mais resilientes, com menos poluição e deslocamentos mais rápidos e seguros”.

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