Cotidiano
Projeto do Governo de SP visa proteger a Reserva de Desenvolvimento Sustentável e garantir segurança para moradores e infraestrutura local
Projeto do Governo de SP visa garantir segurança para moradores e infraestrutura local / Divulgação/PMP
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O Governo do Estado de São Paulo anunciou a construção de uma barreira de proteção ao longo da estrada de Barra do Una, em Peruíbe, no litoral sul paulista. A medida - que já era prevista - visa conter a erosão costeira e minimizar os impactos do avanço do mar na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS).
A intervenção será realizada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da SP Águas, e prevê a implantação de uma barreira de enroncamento com pedras de até três metros de altura.
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Na última sexta-feira (4), a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, visitou o local acompanhada por técnicos da SP Águas, da Fundação Florestal, da Defesa Civil e da Prefeitura de Peruíbe. Durante a inspeção, a gestora ressaltou a importância da escuta ativa da comunidade para garantir soluções eficazes e sustentáveis.
A erosão costeira é um fenômeno natural que afeta diversas regiões litorâneas, incluindo o litoral sul paulista. O avanço do mar na região tem provocado a perda de faixas de praia, impactado a vegetação de restinga e colocado em risco residências e infraestruturas próximas.
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Estudos apontam que um dos principais fatores para a erosão em Barra do Una foi a migração da desembocadura do Rio Una do Prelado para o norte, processo dinâmico que ocorre em barras de rios. Eventos climáticos extremos registrados nos últimos anos também intensificaram o problema.
Fortes chuvas no final de 2024 agravaram a situação no local. Anteriormente, a Prefeitura chegar a cogitar colocar sacos de areia na praia para evitar o problema.
Além da construção da barreira de enroncamento, a Prefeitura de Peruíbe tem alocado materiais para conter o avanço do mar e seguirá com a manutenção da estrutura. A Defesa Civil realizará monitoramento constante, enquanto a Fundação Florestal atuará na restauração da restinga após as intervenções.
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Desde 2020, a Fundação Florestal tem desempenhado um papel essencial no monitoramento ambiental da região. Com o uso de drones, a instituição tem coletado imagens detalhadas para estudar o processo erosivo e orientar a tomada de decisão. A participação da comunidade tem sido fundamental, permitindo o relato de mudanças significativas, especialmente após ressacas.
Entre as soluções já implementadas, destaca-se a utilização de bambus para proteger a vegetação e dissipar a energia das marés, técnica que demonstrou bons resultados ao reduzir os impactos das ondas. Atualmente, um Plano Comunitário de Adaptação à Erosão Costeira está em elaboração com o apoio da comunidade, de pesquisadores e do poder público.
A construção da barreira em Barra do Una faz parte do Plano de Adaptação e Resiliência Climática da Semil, que busca desenvolver estratégias para a proteção das zonas costeiras do estado. Com a execução dessa iniciativa, espera-se reduzir os danos causados pela erosão e garantir a segurança ambiental e social da região.
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